Embora oficialmente comece à zero deste domingo, dia 19, os usuários dos sistemas Windows, da Microsoft, e os dos sistemas Mac, da Apple, já vêem os relógios de seus computadores marcando o horário de verão. Esses sistemas anteciparam a entrada do regime e causaram confusão entre os usuários. Mas a situação pode ser consertada sem o usuário sair de sua casa ou ambiente de trabalho.

Os relógios já estavam com uma hora a mais desde sábado. O professor do departamento de computação do Ibilce, Adriano Mauro Cansian, informou ao jornal Diário da Região de São José do Rio Preto, que o problema ocorre porque existe uma convenção internacional que rege a instituição do horário de verão no mundo, mas o Brasil não segue o acordo. "Os computadores estão programados para adiantar a hora nessa data", reforçou.

Os prejuízos para quem está com o relógio do computador sem sincronia podem ser vários, desde uma compra pela internet, que não poderá ser comprovada a hora em que foi feita, até investigações de crimes virtuais, que serão dificultadas. "O problema é que em cada sistema o ajuste é diferente. A solução é procurar as maneiras na internet e nos sites das empresas", explicou o professor.

Previsto para vigorar em 10 Estados e no Distrito Federal, o horário de verão começa a partir da zero hora do próximo domingo (dia 19), quando os relógios devem ser adiantados em uma hora. A estimativa da CPFL Paulista, que atende 234 municípios da região de Rio Preto, é que haja redução de 0,8% no consumo de energia.

A previsão da CPFL é de diminuição de 1,4% na demanda por energia no horário de pico, ou seja, entre 17 horas e 20 horas. Já a economia no consumo de energia será de 67.182 megawatt hora (MWh), suficientes para atender uma cidade do porte de Rio Preto, com 415 mil habitantes, durante 28 dias ou ainda o município de Campinas, que tem 1,1 milhão de habitantes, durante oito dias.

De acordo com o engenheiro líder da CPFL em Rio Preto, Ivênio de Souza, o grande benefício com o horário de verão é a economia de energia. Ele destaca também a redução da demanda no horário de pico, ou seja, o consumo fica mais diluído.

A 35ª edição do horário de verão vai durar até o 15 de fevereiro de 2009, totalizando 119 dias. A previsão é que, neste ano, no Brasil, a redução seja entre 4% e 5% no consumo de energia no horário de pico, uma economia de 2 mil megawatts, a mesma quantidade obtida em 2007.