18 de abril | 2021

Um mês de insegurança, de angústia e de temor após um atentado terrorista ainda sem solução

Compartilhe:

ANIVERSÁRIO MALIGNO!
O desabafo de quem vive a desesperança de
uma situação constrangedora e mortal. Atentado
terrorista contra a Folha completa um mês
causando terror e com ameaças
e campanhas contra as vítimas.

JOSÉ ANTÔNIO ARANTES

“Vovô essa é pior hora do meu dia. Estou com medo. Será que o Cláudio vem colocar fogo em nossa casa novamente?”. Dia após dia, noite após noite e a história se repete, a insegurança, ao invés de abrandar, parece que aumenta a cada informação nova, a cada suspeita que surge, a cada agressão que se ouve.

O que falar para uma criança de apenas 09 anos que já esteve frente à morte? Que já viu sua casa cheia de fumaça e chamas de mais de dois metros entrando pela porta de sua morada e queimando tudo o que tinha pelo caminho?

Como garantir para ela que isso não vai acontecer novamente e de maneira mais drástica ainda, se ela vê e ouve, todos os dias, que o “bombeiro” incendiário está solto e que até agora a polícia não conseguiu chegar até os mandantes?

MARCO DE ESCALADA

CONTRA VIOLÊNCIA

Já se vão mais de 30 dias de um atentado terrorista em uma cidade de pouco mais de 50 mil habitantes, mas que pode ser o marco de uma escalada de violência que poderá mudar a vida de todos os brasileiros.

Em Olímpia já teve advogado jogando ácido em carro de outro advogado, pelo menos dois carros incendiados, e a sociedade vai naturalizando a intolerância, a violência e, sem a repreensão exemplar dos criminosos, vai formando a ideia de que a defesa dos interesses pessoais de cada um tem que ser feita pela agressão, pela ameaça e por atos violentos que, se não controlados, poderão fazer voltar o estado de guerra de todos contra todos que antecedeu o pacto social.

Mas pelo país também grassa a violência incentivada pelo atual mandatário da nação e a lavagem cerebral encetada pelo seu complexo e bem projetado e montado gabinete do ódio que através da repetição de mensagens falsas, vai penetrando e construindo um mundo totalmente fora da realidade nas mentes das pessoas que não conseguiram dominar a preguiça do pensar, do pesquisar, do refletir e, que se transformam em soldados zumbis de uma ideologia ultrapassada e que não visa o bem estar social, mas de alguns e de uma minoria escravagista que domina este país há séculos.

ACOBERTAR

O MANDANTE

O próprio sistema e os zumbis que pululam por toda a sociedade criminalizam a vítima pelas redes sociais e tentam transformar o autor em santo, para poder acobertar aquele que idealizou o ataque (e toda cidade sabe quem é) e que deve ter tido o auxílio material de pessoas conhecidas que acreditam que fizeram tudo isso em nome de um bem maior, e o que é pior, em nome de Deus.

Enquanto isso, a vítima, sua família, seus colaboradores diretos vivem o martírio da possibilidade de perseguição, se sentem ameaçados, preocupados e até segregados, por uma sociedade pobre que não tem o dom mais primitivo e que era cobrado por Jesus: “o conheça a ti mesmo”, pois se vivem de mentiras e têm seus valores baseados em Fake News que têm preguiça de conferir, como podem saber quem são?

E já se vai um mês com o editor desta Folha dormindo de frente para a porta com o extintor do lado e com a netinha dormindo agarrada no pescoço e tendo pesadelos durante o sono.

ATAQUES

AMEAÇADORES

Um mês de ataques pela internet onde já foi ameaçado de morte, teve campanha para não fazer propaganda no jornal e agressões de todas as formas vindas de negacionistas e radicais que poderão levar este país a uma crise sem precedentes e que já causa muito sofrimento e muitas mortes que poderiam ser evitadas.

Um mês temendo que alguém possa tirar a vida dos seus.

Um mês vendo aumentar a angústia e o temor nos olhos da esposa, da filha, do genro e da netinha mais velha.

A insegurança leva a um sentimento de incerteza no futuro, de temor e angústia de saber que tudo pode acontecer. Uma situação que não se pode desejar que aconteça a ninguém.

Cada dia é um martírio. E já se vão mais de 30 desde a fatídica quarta-feira, 17, quando colocaram fogo no prédio da Folha. De lá para cá o temor foi uma constante. Fugir não adianta. Não dá pra escapar dos seus próprios temores. E até agora não se sabe quem foi o mandante e os partícipes deste ato terrorista contra a Liberdade de Imprensa.

CRIMINOSOS SOLTOS

 E VÍTIMA PRESA

Autor confesso (foto) e os mandantes desconhecidos continuam soltos e este jornalista preso dentro de sua casa sem poder por a cabeça pra fora.

E o que é pior.

Descrente de que os fatos sejam realmente esclarecidos, mesmo com a praticamente certeza de que autor e mandante queriam atentar também contra o prefeito Fernando Cunha e acreditando que poderá prevalecer a farsa montada para que ninguém seja punido e que os mandantes sejam acobertados.

Se queriam matar o prefeito, com certeza queriam que o jornalista e sua família virassem carvão em churrasqueira gigante.

Que a justiça seja feita!

Amém.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas