26 de julho | 2009

Tesoureiro do Clube 25 ameaça não fazer festa do peão em 2010

Compartilhe:

 

 Por causa das representações protocoladas no Ministério Público de Olímpia, o tesoureiro do Clube 25, de acordo com a ata da reunião, criação registrada no Cartório de Títulos e Documentos de Olímpia, Marcelo Elias Najem Gallete(foto), ameaçou não trabalhar para a realização da 2.ª edição do Olímpia Rodeo Festival, a festa do peão, no ano de 2010. A ameaça foi tornada pública durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade, no início da tarde da quinta-feira, dia 23. "Então, cheguei a pensar friamente, que no ano que vem, de não fazer mais festa", afirmou.

Ainda na entrevista que concedeu à rádio Difusora AM, que consta manter estreitas ligações com o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, ele acrescentou: "porque se for para ter essa dor de cabeça que estamos tendo, uma coisa que deu muito certo e toda a população ficou contente, acho que não vale a pena a gente tentar fazer o município crescer no turismo, que é o foco. Acho que não vale a pena se indispor por isso".

O tesoureiro ainda reclamou: "A gente se dedica um tempo grande, deixa de ganhar dinheiro naquilo que é a função da gente para fazer um negócio para poucas pessoas chegarem a esse ponto de criticar dessa maneira. Então, não sei se adiantaria o ano que vem a gente fazer outra festa. Estamos pensando em não fazer mais festa do peão em Olímpia".

Ele iniciou sua participação afirmando que a festa foi um verdadeiro acontecimento, mas deixou a impressão de que o grupo enfrentou outros contra-tempos com a realização do evento. "Porém, temos mais esse impasse, dessas pessoas que entraram com uma representação no Ministério Público, mais um integrante de um partido político, então são cinco representações para investigar essas possíveis irregularidades que estão dizendo", comentou.

Entretanto, ele diz que, mesmo não sendo advogado, ainda não teve "acesso aos autos do processo". "O grande ponto que estão pegando, estão dizendo que integrantes do Clube dos 25 são da administração, como de fato são, são três que são da administração, estão jogando irregularidade nisso falando que não poderia ter por um artigo da Lei de Licitações".

Licenciados

Mas logo em seguida informou que os três, o secretário de Administração e Finanças, Cleber José Cizoto; o assessor jurídico, Edílson César de Nadai; e o assessor direto do prefeito, João Paulo Polisello, Pita, se licenciaram dos cargos no Clube 25, assim que surgiu o convite da prefeitura para administrar o evento.

"Alguns veículos buscaram a publicação de só aquilo que interessa. Colocar o nome do pessoal da administração na mídia. Então, fica difícil. Então eles ficam falando que não pode ser contratado", reclamou da imprensa em seguida.

De acordo com Gallete, o clube foi contratado para obter patrocínio no sentido de estruturar o evento. Gallete explica que o Ministério do Turismo deu R$ 500 mil à prefeitura com a destinação de movimentar o turismo, nesse caso, através da festa do peão. "Esse dinheiro foi gasto só com shows e divulgação", afirma.

A divulgação, segundo ele, há um artigo na lei que prevê "que verbas acima, salvo engano, de R$ 250 mil, 25% tem que ser destinada à mídia". Depois acrescentou: "Se não fosse gasto esse dinheiro glosaria e voltava para o Tesouro Nacional".

"Por que foi feito toda a televisão, outdoor, bunner? Porque dentro do convênio havia-se a necessidade de gastar 25% com mídia. Se não fosse gasto, esse dinheiro glosaria e voltava para o Tesouro Nacional. Então, a prefeitura contratou os shows, fez todos os orçamentos, tudo que precisaria ser feito, para poder usar todo o dinheiro. Então, foram gastos dinheiro com os shows, a prefeitura entrou com os shows e com a divulgação, porque teria que ser gasto 25% com a divulgação. O resto, que na hora certa será divulgada pelo Clube dos 25, nós vamos prestar contas à prefeitura do que foi feito, o resto de todo gasto vai ser divulgado e a população vai saber que foi muito mais que esse valor que eles estão falando, que para fazer uma festa grande como nós fizemos, há de se gastar muito dinheiro", assevera.

Por outro lado, Gallete descarta a afirmação de que realizar a festa do peão significaria a política de dar o pão e o circo à população e ressalta que o comércio ganhou bastante com o evento realizado no mês de junho. Além disso, fala da quantidade de empregos gerados. "Verdadeiramente fico chateado com isso, fico indignado por essas pessoas acharem que está tentando tirar proveito de alguma coisa, vou dizer aqui, literalmente, eu que dei a cara para bater sempre, não preciso de dinheiro da prefeitura", reclama.

Folclore

O tesoureiro chegou a fazer uma comparação entre o Clube 25 e a Associação Olimpiense de Defesa do Folclore Brasileiro. "O folclore é organizado por uma entidade. Tem dinheiro público no folclore. Durante oito anos, esse pessoal que está criticando, o primeiro escalão fez parte dessa associação e ninguém falou nada. Então, não sei porque vão criticar a festa do peão. Nós ganhamos uma carta convite de R$ 6,5 mil para organizar a festa".

Com esse dinheiro, dentre as várias despesas, ele diz que o clube contratou um veterinário, pagou aluguel de um imóvel para funcionar o escritório do clube e ainda efetuou pagamento de um contador para organizar o clube.

"Esses R$ 6,5 mil, que foi o preço que nós colocamos na carta convite, foi para pagar o contador, toda entidade e a empresa precisa de um contador, uma pessoa que estudou quatro anos, teve estágio mais dois anos, para ficar capacitado e fazer as coisas direito", justifica.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas