09 de outubro | 2011
Técnico confirma: hidrômetro marca passagem do ar como se fosse a água
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Ao ouvir o chamado “ronco de torneira seca” o consumidor da DAEMO Ambiental, sucessora por lei do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), deve ficar preocupado e procurar a autarquia em busca de uma solução para o problema.
Isso porque um técnico especializado em hidráulica consultado no final da tarde da sexta-feira desta semana, dia 7, confirmou que é realmente possível um hidrômetro marcar a passagem de ar como se fosse água e por consequência interferir no valor que será pago pelo consumidor.
De acordo com ele, trata-se de uma situação que pode ocorrer, no caso dos hidrômetros antigos, quando há interrupção do abastecimento de água, principalmente em regiões mais altas e de ponta de redes. Segundo esse técnico, quando há o restabelecimento, a água volta empurrando o ar que ficou na rede vazia, fazendo funcionar o sensor do hidrômetro que faz a marcação da água que entra na casa do consumidor.
A situação ainda é pior, também segundo o técnico, em residências que tem os reservatórios, ou seja, as chamadas caixas d’água. Normalmente, quando há a interrupção do fornecimento, a pessoa mantém o registro aberto para quando houver o retorno.
Com a movimentação do ar empurrado pela água, essa caixa d’água, embora passando apenas ar pelo marcador, funciona como se o consumidor estivesse com uma torneira aberta e despejando água por alguma parte da casa.
Mas mesmo esses hidrômetros mais antigos podem ser modificados – não no caso de Olímpia pelo próprio consumidor, em razão de terem sido implantados lacres de “fiscalização” – com a modificação do sensor que aciona o marcador de passagem de água.
Por outro lado, a marcação da passagem do ar como se fosse água é praticamente evitada no caso dos hidrômetros mais recentes e mais modernos. Estes, ainda segundo o mesmo técnico, já vêm equipados com sensores mais apropriados e podem evitar os prejuízos sempre reclamados pelos consumidores.
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