O comerciante Adão Martins de Oliveira, de
51 anos,morador em Severínia, nega ter tido
qualquer participação no roubo.

De maneira espontânea o comerciante Adão Mar­tins de Oliveira, de 51 a­nos, morador em Severí­nia, se apresentou na delegacia de polícia de Olím­pia, assistido pelo advogado Léo Cristian Alves Bom. Ele negou ter tido qualquer participação no roubo na fazenda Olhos D´Água, em abril, quando três acusados do roubo foram mortos durante troca de tiros com a Polícia Militar.
 

No depoimento prestado ao delegado Marcelo Pu­po de Paula, que preside o inquérito policial, Adão admitiu que conhece os três que morreram na troca de tiros e que chegou a falar com eles na noite do a­contecido.

No entanto, afirma que não sabia de nada sobre o roubo. Alegou que naquela noite (26 de abril, deste a­no) foi até a casa de sua sogra em uma propriedade ru­ral e depois foi pescar, ficando a noite toda.

Afirma que na manhã do dia seguinte ouviu que ele havia sido morto durante troca de tiros com a polícia em um roubo. Em resumo, ele nega qualquer participação no ocorrido. 

Na noite do roubo foram mortos na ação po­licial Cle­ber Cristiano Costa, de 47 anos, morador no jardim Vitória, em Severínia; Sebastião Doni­zete Fer­rei­ra de Oliveira, de 45 anos, morador em Severínia; e Jeferson Cardoso de Souza, de 36 a­nos, que residia no sítio Santo Antônio, bairro Ta­manduá, no município de Olímpia.

ADÃO CHEGOU A SER APONTADO COMO SUSPEITO

Inicialmente, chegou-se a ser divulgado que Adão Martins de Oliveira, de 51 anos, morador em Seve­rínia, também havia sido baleado e morto pela polícia. No entanto, o corpo não foi reconhecido pelos familiares. Depois de diligências, ficou esclarecido que, na verdade, quem ha­via falecido no confronto com a polícia era Jeferson de Souza.

Adão Oliveira chegou a ser apontado pela polícia como suspeito de ser o quarto integrante da quadrilha que conseguiu fugir.

O roubo aconteceu na noite de 26 de abril, por volta das 19 horas, quando os quadrilheiros renderam o lavrador Antônio Carlos de Carvalho, de 71 anos, morador na fazenda. Depois o trabalhador foi a­mar­rado e os ladrões roubaram grande quantidade de defensivos agrícolas e ainda o veículo GM/Ka­det, ano 95, placas BTM 5460 de São José do Rio Preto, de propriedade do lavrador.

A Força Tática de Barre­tos composta pelo tenente Vilela, Cabo Araújo, cabo Mattos e soldado Ricardo, noticiou na delegacia Sec­cional de Barretos que recebeu uma informação de que dois veículos, sendo um Vectra placas CKK 9430 de Severínia e um For­d Fies­ta, placas EAP 4784 de Franca, seriam utilizados em um roubo de defensivos agrícolas e provavelmente maquinários na fazenda Olhos D’água, no município de Olímpia.

Com isso, a equipe chegou nas proximidades da fazenda, quando encontraram o Vectra estacionado. Os policiais deduziram que o roubo estaria em andamento. Parte dos policiais ficou no carro e outra foi até a casa onde encontraram o lavrador Antônio Carlos, amarrado, que contou que os ladrões haviam levado seu Kadett, defensivos e certa quantidade em dinheiro.

TROCA DE TIROS

Os policias saíram em diligências e localizaram o Ka­dett ainda na fazenda, nas proximidades de um pomar. De acordo com o re­gistro policial, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram, sendo que dois ladrões acabaram baleados e mortos.

Consta que, com o tiroteio, Cleber e outro integrante da quadrilha foram em direção ao Vectra e dispararam contra os policiais. Houve a revide e Cle­ber acabou baleado e também morreu. Um dos acusados conseguiu fugir.

No interior do Kadett os policiais encontraram defensivos agrícolas que teriam sido roubados e com os ladrões foram localizadas u­ma espingarda calibre 12, um revólver calibre 32 e mais um revólver calibre 38 com Cleber. O caso foi apresentado na delegacia Seccional de Barretos, ao delegado de plantão Marcelo Pupo de Paula.