24 de setembro | 2017

Substituição de rede de água antiga custaria R$ 16 milhões

Compartilhe:

Com relação à qualidade precária (sic) do sistema de distribuição de água, principalmente à parcela relativa a cerca de 40% da rede, o prefeito Fernando Augusto Cunha observa que é necessário fazer a sub­stituição desse sistema para evitar que o desperdício de água tratada continue ocorrendo, aumentando o risco de racionamento, conforme está sendo realizado neste momento. No entanto, observa também que essa questão demanda recursos estimados em R$ 16 milhões.

Mas há outras obras necessárias que aumentam o custo. “No total, melho­ri­as no abastecimento de água e tratamento de esgoto demandarão cerca de R$ 70 milhões, R$ 35 milhões dos governos Federal e Estadual e outros R$ 35 milhões com recursos próprios. Essa é nossa me­ta para os próximos 4 a­nos”, relata o prefeito.

Em fevereiro de 2015, esta Folha mostrou como andava essa questão e inclusive que poderia haver erro de informação passada ao Ministério das Cidades, em relação ao desperdício de água tratada, isso no ano de 2013.

Segundo o Diagnóstico Sobre Serviços de Água e Esgoto a perda local foi de aproximadamente 28%, contra a informação oficial da autarquia que essa perda seria de 43%. Na ocasião, o então diretor do Da­emo, Antônio Jorge Mot­ta, informava que o desperdício de água vinha diminuindo porque a a­u­tarquia já tinha trocado parte da rede antiga reduzindo cerca de 10% ao a­no. Antes, também segundo ele, essa perda era de 60% a 65%.

De acordo com o então diretor, o índice de desperdício de Olímpia era de 43%, percentual referente ao volume tratado e jogado na rede, mas que não chegava às torneiras, sumindo no subsolo da cidade.

No caso de Olímpia, o problema do sumiço de água ocorre mais na rede da ETA que abastece a área central e alguns bairros no entorno.

Cunha diz que o sistema de distribuição é arcaico

Além da forte estiagem que prejudica a vazão do córrego Olhos D’água e também da recuperação dos poços profundos que ajudam no abastecimento da cidade a partir do Aquí­fero Bauru, outros fatores interferem na produção efetiva de água tratada, inibindo que o produto chegue às torneiras dos consumidores, principalmente na região central da cidade, onde a rede é mais antiga e há muitos anos vem apresentando problemas de desperdício de água.

Ainda a respeito do problema de falta d’água, juntando com os problemas da rede de distribuição que é antiga e obsoleta, a opinião do prefeito Fer­nan­do Augusto Cunha (fo­to) é que é mais do que necessário trabalhar para a substituição do sistema antigo.

“O sistema de abastecimento é arcaico e deixa a cidade sob o risco de restrição ao abastecimento”, observa o prefeito ao comentar que “principalmente, no período da se­ca, já que 40% vem do Cór­rego Olhos D´água, um manancial comprometido em sua capacidade”.

Nessa parte da cidade, servida pela malha mais antiga, estão os bairros da zona sul, oeste e grande parte do centro da cidade, uma vez que a outra parte, a região centro leste, o cha­mado centro II, é servida em grande parte por água captada em poços profundos.

Mas há problemas também com os outros 60% dos pontos de consumo de Olímpia, que são abastecidos por poços do A­quífero Bauru, que fica sujeito a grandes variações do nível do lençol. Com essa realidade, fica insustentável o município conviver com esses riscos constantemente. Por isso, o planejamento da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, é de abastecer com poços profundos do Aquífero Guara­ni. “Que sofre influência menor do rebaixamento do lençol. Isso sem contar que, se remeter à situação de análise de tratamento de esgoto, a situação é mais precária ainda”, justifica Fernando Cunha.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas