15 de dezembro | 2008

Sobe para 4 vítimas fatais do acidente no rio Turvo

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Subiu para quatro o total de vítimas fatais do acidente com o ônibus que caiu no rio Turvo. A lavradora Juldeci Santos Andrade Silveira, de 47 anos de idade, que morava na rua Helena Ferraz Kfuri, número 511, Cohab 2, em Severínia, estava internada em estado de coma na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa, não resistiu e acabou falecendo na madrugada do domingo, dia 14, por volta das 4h40.

Por outro lado, Marinalva Morais Andrade, de 45 anos, irmão de Juldeci, continua internada na UTI e seu estado de saúde é considerado bastante grave. Mariluz de Jesus da Silva Cardoso, de 56 anos, porém, internada em quarto normal.

Em relação ao acidente, a Justiça de São José do Rio Preto concedeu liberdade provisória ao motorista Élcio Augusto Pereira Lima, 32 anos de idade, preso em flagrante no último dia 3. Ele conduzia a carreta que colidiu na traseira do ônibus com 45 trabalhadores rurais que caiu no rio Turvo.

O juiz da 1ª Vara Criminal, Jair Caldeira, permitiu que Lima deixasse o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto, onde estava preso, porque ele é réu primário, tem residência fixa e trabalha há muitos anos na mesma empresa.

Laudo
O laudo do Instituto de Criminalística (IC) indica que o motorista do caminhão estava acima da velocidade máxima permitida na rodovia e muito próximo do coletivo no momento do acidente.

De acordo com o perito criminal e responsável pelo laudo, Willian Luiz Cruz dos Santos, o caminhão estava entre 80 e 120 km/h no momento da colisão. A velocidade máxima permitida na rodovia Assis Chateaubriand, local do acidente, é 80 km/h.

A média de velocidade foi medida com base nas marcas de frenagem na rodovia. O laudo pericial será entregue ao delegado de Guapiaçu, Hélio Fernandes, que conduz o inquérito policial, ainda não concluído.

Além da alta velocidade, a carreta estaria, segundo o laudo, a 20 metros de distância do ônibus quando houve a batida, sendo que o mínimo exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) são 80 metros.

O laudo aponta que tanto o ônibus quanto a carreta estavam em condições mecânicas de trafegar na via. Na avaliação do perito responsável, o acidente poderia ter sido evitado se Lima tivesse respeitado as leis de trânsito.

Motorista
Por outro lado, o motorista Valdeci Cardoso, de 36 anos de idade, que conduzia o ônibus que caiu no rio Turvo com 44 trabalhadores rurais, que caiu na tarde do dia 3, afirma que o acidente foi inevitável.

Cardoso relata que tentou frear e manter a direção do ônibus na pista após sofrer o impacto da carreta, mas alega que foi atingido em alta velocidade. Segundo ele, a última quarta-feira foi um dia normal de trabalho.

“Saímos da roça às 16h50 e o pomar era perto da ponte onde foi o acidente. Na descida eu vi pelo retrovisor que vinha uma carreta atrás, mas estava longe”, contou Cardoso em entrevista que concedeu ao Diário da Região.

O ônibus, segundo ele, trafegava a 80 quilômetros por hora, mas por causa de um Fiat Strada branco, que estava à frente do ônibus, foi obrigado a diminuir a velocidade. “Quando fomos atingidos eu estava a 60 quilômetros por hora e mesmo assim foi impossível segurar a direção porque a carreta tem cerca de 40 mil quilos, afirmou.

Cardoso, que é motorista profissional há 18 anos e há 14 trabalha no transporte de trabalhadores rurais, não culpa o motorista que seguia a sua frente porque é comum ter radares no local. Ele era dono do ônibus, fabricado em 1980 e que havia sido vistoriado em julho.

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