28 de abril | 2013

Só o “chefão” da “Máfia do Asfalto” continua preso

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Desde a tarde do dia 26 que apenas o “chefão” da chamada “Máfia do Asfalto” continua preso no CDP – Centro de Detenção provisória de São José do Rio Pretos. Todos os outros conseguiram sair através de medidas judiciais tomadas durante a semana no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região.

De acordo com a informação publicada na quarta-feira desta semana, dia 24, pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, os olimpenses, Humberto Tonnani Neto e Jair Emerson da Silva, e mais quatro acusados: Ilso Donizete Dominical, Valdovir Gonçalves, Luiz Carlos Seller e Osvaldo Ferreira Filho, tinham sido soltos mas teriam que se apresentar mensalmente ao juiz da 1.ª Vara Federal de Jales. Eles estavam presos preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP), de São José do Rio Preto.

A prisão preventiva deles foi substituída pela medida cautelar de comparecimento mensal perante a juíza da 1ª Vara Federal de Jales, Andréia Fernandes Ono, além de restrições como mudar de residência sem permissão da autoridade ou se ausentar por mais de 8 dias.

Consta também que o grupo também não pode mudar de residência sem permissão ou se ausentar de sua residência por mais de oito dias sem comunicar o lugar onde será encontrado.

Por outro lado, o Tribunal Regional Federal (TRF-3) revogou a prisão preventiva de quatro dos cinco irmãos Scamatti – Dorival, Édson, Mauro e Pedro – presos por conta do desfecho da operação “Fratelli” deflagrada no dia 9 de abril próximo passado.

Maria Augusta Seller Scamatti, mulher de Olívio Scamatti, apontado como chefe da “Máfia do Asfalto”, também foi liberada. Dos 13 presos no início da operação, só Olívio continua detido.

Os quatro irmãos estavam recolhidos no CDP de Rio Preto desde a última terça-feira, dia 23, quando se entregaram na delegacia da Polícia Federal de Rio Preto, justamente, após ter pedidos de habeas corpus negado pelo próprio TRF-3.

Maria Augusta estava na cadeia feminina de General Salgado. O lobista Gilberto da Silva, o Zé Formiga, também foi solto no mesmo dia. Ele é apontado pelo Ministério Público Federal como sendo “um dos interlocutores políticos do grupo, sendo responsável pela liberação de verbas junto a políticos da região”.

APAGA TUDO

Por outro lado, na edição de sábado, 20, do Diário da Região de Rio Preto, está a informação de que o analista de sistemas Luiz Henrique Perez, funcionário da Demop preso pela Polícia Federal por ocultação de provas, afirmou, em depoimento, que o empresário Olívio Scamatti, assim que foi detido, pediu que arquivos eletrônicos que estavam em uma mala dele na empreiteira fossem apagados.

O analista contou ter recebido uma mensagem de celular do filho de Olívio. “Luiz, apaga tudo, pelo amor de Deus, a Polícia Federal está aqui”, foi a ordem.

Posteriormente, o próprio empresário ligou para o analista para saber se ele dera fim nos documentos que estavam em pendrives, um HD externo e um tablet que Sca­m­atti sempre carregava consigo. Perez admitiu que escondeu na casa de sua sogra os objetos eletrônicos que estavam na pasta de Scamatti, e afirmou que apagou apenas “superficialmente” os documentos. Este fato, inclusive é considerado como o principal motiva­dor para que Olivio Scama­tti continue preso.

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