14 de fevereiro | 2016

Secretária teve uma hora para criticar professor que cobrou plano de carreira

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A secretária municipal de Educação, professora Eliana An­tô­nia Duarte Bertoncello Mon­teiro, falou durante a­proximadamente uma hora na noite de quarta-feira, dia 10, para criticar o professor da rede municipal, Marco Za­lem Gomes, que é presidente da Associação Mu­nicipal dos Profissionais da Educação de Olímpia, que usou a Tribuna Livre durante menos de três minutos e teve a palavra cortada, uma semana antes, cobrando o plano de cargos, carreira e salários da categoria.

De acordo com o que foi divulgado pela imprensa local, Eliana An­tô­nia Duarte Bertoncello Mon­teiro teria ido à Câmara a convite do presidente Luiz Antônio Mo­reira Salata, justamente para rebater as cobranças feitas por Marco Salem Gomes na noite do dia 1.º de fevereiro.

Gomes chamou o vereador Leonardo Simões, que é o líder do prefeito na Câmara, de mentiroso por ter afirmado que o plano já estava pronto, faltando apenas enviar para ser votado pelos vereadores. A secretária iniciou sua fala de posse de um calhamaço de papeis alegando que se tratava do plano cobrado por Zalem.

No entanto, durante sua manifestação, a própria secretária acabou demonstrando que o plano não está tão pronto quanto tem sido divulgado e defendido pelo vereador que defende o prefeito Eugênio José Zuliani, na liderança da bancada.

“O projeto está em fase de redação final para ser apresentado ao jurídico (da Prefeitura) para que faça um estudo do impacto do plano no orçamento (municipal)”, afirmou, praticamente deixando claro que não haveria tanta pressa em aprovar o projeto na Câmara. Mesmo porque, em relação a custos a questão deveria ser analisada pela Secretária Municipal de Finanças.

Também durante sua fala a secretária mostrou o plano que qualificou de “fruto de um trabalho muito sério e árduo”. De acordo com ela, foi escolhido um plano não totalmente novo, mas de adequação ao antigo, da Lei 2.727. “Essa foi a primeira decisão”, enfatizou.

Além disso, relatou todo o trabalho realizado em torno do planto desde o ano de 2014, ou seja, de uma reunião no dia 13 de março; outra no dia 26 de maio; também de uma reunião 5 de junho.

Ainda falou confirmando a própria informação de Zalem Gomes, que ele não participou de nenhuma delas: “Todas essas reuniões têm listas de presença a disposição de todos. Foram feitas reuniões até 16 de setembro de 2015. Nesta última não houve participação da secretária de Educação para que houvesse liberdade para os professores da comissão”, explicou.

ENTENDA O CASO

Como se recorda, além de ser criticado antes de iniciar sua manifestação pelo vereador Leonardo Simões, que é o líder da bancada do prefeito Eugênio José Zuli­ani, o professor Marco Za­lem Gomes teve a sua fala cortada pe­lo presidente da Câmara Mu­nicipal de Olím­pia, vereador Luiz Antônio Mo­reira Salata, quando usava a Tribuna Livre do legis­lativo, para cobrar do prefeito a criação do plano de carreira dos professores.

Além disso, também na noite do dia 1.º de fevereiro, cobrou a falta de registro em carteira profissional quando da nomeação de professores Admitidos em Caráter Temporário (ACT) e também a falta do pagamento de horas extras a esses profissionais. “Trabalhamos e não recebemos”, en­fa­tizou em trecho de sua manifestação.

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