Segundo a informação publicada no Caderno Ribeirão, da Folha de São Paulo, desta sexta-feira, dia 18 de março, cidades com menos de 10 mil habitantes ficarão apenas com os serviços da Polícia Militar.

Embora ainda não esteja especificado, mesmo em Altair, onde há a outra cadeia da microrregião, não permanecerão policiais civis. Dessa forma, funcionaria como ocorrida em Olímpia há aproximadamente quatro décadas. Ou seja, os policiais militares terão as atuais delegacia e cadeia, como base de trabalho.

Segundo as últimas informações divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente ao do Censo Demográfico realizado em 2010, o município de Altair, por exemplo, tem apenas 3.814 habitantes.

Em Cajobi foram contados 9.759 habitantes e em Guaraci, 9.976 moradores. Embora o município de Embaúba pertença à jurisdição da Delegacia Seccional de Catanduva, lá também a delegacia deverá ser fechada, uma vez que tem apenas 2.423 habitantes.

O pacote de mudanças na estrutura da segurança pública no Estado que deve afetar praticamente todas as 645 cidades paulistas e a forma de trabalhar das duas polícias estaduais.

Chamada pelo governo de “reengenharia”, a mudança inclui o fechamento de unidades da Polícia Civil nas cidades com menos de 10 mil habitantes e a aglutinação de distritos policiais nas cidades de maior porte.

CASOS DE MENOR GRAVIDADE
Nessas cidades com pequena população, que representam 43% de todos os municípios do Estado, será a Polícia Militar a responsável pelo registro do boletim de casos de menor gravidade, que dispensam ação imediata dos investigadores. Os policiais civis que ficarão nas grandes cidades serão acionados quando houver crimes mais graves, como homicídios e flagrantes.

A reestruturação prevê a criação de polos da Polícia Civil para atender a população – uma espécie de superdelegacia. Hoje, 96 cidades de pequeno porte ficarão sem delegados exclusivos.