20 de janeiro | 2008

Saúde vacina mais de mil contra a febre amarela em uma semana

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O medo da febre amarela, principalmente a urbana, cujo vetor é o mosquito aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, gerou um corre-corre pelas Unidades Básicas de Saúde e também no Centro de Referência (antigo de Saúde), em busca da vacina preventiva.

De acordo com a enfermeira Janaina Simões, da Vigilância Epidemiológica da Secretária Municipal de Saúde de Olímpia, em apenas uma semana mais de mil pessoas receberam a vacina contra a febre amarela. A procura gera risco da cidade ficar sem doses para vacinar outras pessoas.

Simões alerta, no entanto, que não há motivo para tanto corre-corre e que a vacina da febre amarela está disponível na rede pública durante todo ano. Ela diz também que mostra a falta de consciência das pessoas em se prevenirem, avisando que vacinar é um dever do cidadão em se preocupar com a saúde durante o ano.

"Se a gente continuar com essa procura imensa das pessoas nas unidades básicas de saúde, vamos correr o risco de ficar sem vacina, porque agora resolveu todo mundo tomar vacina", afirmou. Então, se a gente não tiver critérios muito bem pré-estabelecidos de quem são as pessoas que realmente correm risco e precisam ser vacinadas neste momento, corremos riscos sim de ficar sem a vacina".

Por isso e, também por orientação da Direção Regional de Saúde de Barretos, foram estabelecidos critérios para a vacina contra a febre amarela. Inicialmente, serão aplicadas apenas as doses de rotina em crianças de nove meses. Depois as pessoas que viajarão para os estados em que está havendo transmissão da doença: Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

"Nós fizemos em uma semana o que a gente normalmente faz em quatro meses de rotina. Até a última prévia (anunciada na segunda-feira, dia 14), havíamos feito 1.038 doses de vacinas. Chegou, falou que vai viajar, a gente acredita nas pessoas, mas as pessoas têm que ter um pouco mais de consciência para saber que essa dose que ela está tomando pode ser que falte para uma pessoa que realmente vá para uma área de risco", informou.

A criança, segundo ela, tem um calendário a ser cumprido desde o nascimento até os cinco anos de idade e na ocasião dos nove meses de idade toma a vacina da febre amarela, obrigatoriamente. Dessa forma estará imunizada até os 11 anos de idade, quando faz uma dose de reforço e sucessivamente a cada dez anos.

"A orientação é que não é uma campanha em massa, que é para as pessoas procurarem as unidades de saúde se realmente vão viajar para uma das áreas de transmissão. Se não, é para procurar em outra oportunidade, para a pessoa ter consciência de que prevenir é o melhor remédio", reforçou.

A febre amarela urbana pode ser transmitida também pelo aedes aegypti, o mesmo vetor que transmite a dengue, inclusive como o mesmo ciclo. A diferença é que no caso da febre amarela (silvestre e urbana) há vacina para prevenção.

"Hoje com 98,2%, mais as 1.038 doses que fizemos em uma semana, provavelmente já estamos com 100% ou mais de cobertura vacinal no município. Então, a gente entende que não temos pessoas aqui correndo risco de adquirir a febre amarela", disse.

 

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