10 de fevereiro | 2013

Saúde muda agendamento de consultas obrigando a usuários da zona leste a “agendarem” suas doenças

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Uma alteração na forma de agendamento de consultas ve­ri­ficada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dona Dalva, localizada no Jardim Paulista, zona leste da cidade, imposta pela Secretária Municipal de Saúde, está ao mesmo tempo obrigando aos usuários do sistema a também “agen­darem” seus problemas de saúde.

Lá, pelo menos a partir de janeiro, para uma simples consulta médica, a pessoa tem que marcar a consulta logo no início do mês e quem não agir assim tem que aguardar para o mês seguinte.

Antes as consultas eram mar­cadas de um dia para o outro, sistema que facilitava o acesso a médicos por moradores daquela região da cidade.

Mas da forma como está atualmente, a pessoa que apresentar sintomas de um simples resfriado ou qualquer outra espécie de problema de saúde mais simples, não terá à disposição uma consulta médica para obter uma receita e ser medicada.

A explicação obtida nesta semana com uma funcionária da UBS, que por motivos óbvios não está sendo identificada, é que, caso necessite, essa pessoa tem de procurar diretamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

No entanto, não se tem informação oficial de quando o novo sistema começou a funcionar até mesmo porque não houve divulgação prévia comunicando a alteração e nem mesmo quando entraria em vigor.

O novo sistema cria empecilhos até mesmo para quem procura a UBS para simplesmente obter uma nova receita para obter medicamentos para tratamentos continuados, como, por exemplo, diabetes ou casos de pressão arterial.

Num caso desses que chegou ao conhecimento da reportagem, a pessoa até teve sorte ao tentar uma consulta no final de janeiro e foi informada que deveria retornar no início de janeiro para fazer o agendamento.

Para essa pessoa não houve problemas de continuidade do tratamento, uma vez que a substituição da receita poderia ser feita até no dia 10 de fevereiro. Mas para quem deixou para marcar a consulta mais próxima da data em que necessitaria enfrentou dificuldades.

ESTADO DE QUASE AMBANDONO

Por outro lado, uma verificação realizada pela reportagem no local mostrou que a UBS apresenta um estado de quase abandono. Um exemplo é a situação de um aparelho de televisão instalado no local que há vários meses está danificado e ainda não passou por uma manutenção.

Entretanto, a reportagem apurou que havia mais problemas que foram sanados nos últimos dias. Um deles era a iluminação de um dos consultórios que não estava funcionando. Aliás, pelo menos aparentemente, um dos lados da unidade estava com deficiência em relação à energia elétrica. Isso porque ao lado desse consultório há um bebedouro de água que, segundo consta, permaneceu pelo menos alguns dias sem funcionar.

Porém, enquanto apresentava esses problemas de falta de energia, no lado externo, mas na frente do prédio, onde inclusive está instalada uma câmera de segurança, há uma lâmpada que até na terça-feira desta semana permanecia acesa durante todo o dia.

Informada a esse respeito essa mesma funcionária contou que não há como desligá-la, pois se trata de um sistema com relê automático que não estaria funcionando adequadamente.

Consta que nesse sistema, essa lâmpada acende e apaga automaticamente, dependendo da luz natural. Ocorre que, no dia em que a questão foi verificada, havia sol constante e nessa situação o sistema deveria desativar essa lâmpada, gerando um consumo dispensável de energia elétrica.

Vale ressaltar que a reportagem nem mesmo procurou e não tem procurado mais pela secretária municipal de Saúde, Silvia Eli­zabeth Forti Storti, até em razão de que há muito tempo ela deixou de fornecer as informações solicitadas por esta Folha.

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