03 de abril | 2011

Saúde já registra quase 80 casos de conjuntivite por dia

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Se for considerada a média do número de casos registrados em apenas três dias dessa semana, pode-se afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde está registrando quase 80 casos de conjuntivite por dia. Entre o início da manhã da terça, dia 29, e o início da manhã desta sexta-feira, dia 1.º, foram registrados 237 novos casos da doença.


Com esse número o total de notificações subiu de 130 para 367 casos, o que representa a totalidade de casos registrados entre os dias 1.º de janeiro e 31 de março, segundo a informação passada para a reportagem desta Folha, pela assessoria de imprensa.


Somente no Hospital do Olho, que funciona anexo à Santa Casa de Olímpia, nos dias 30 e 31 foram atendidos 67 pacientes com a doença. Nesses dois dias 80 pessoas agendaram consultas, mas 13 não compareceram. Três pessoas não compareceram para as consultas na terça-feira, dia 30 e 10 não foram a consulta na quarta-feira, dia 31.


A nova ala da Santa Casa, conhecida por Hospital do Olho, que ainda não está credenciado no SUS, foi colocado à disposição para tentar minimizar os problemas de atendimento na Santa Casa, onde estava gerando tumulto conforme foi verificado pela reportagem desta Folha, no início da tarde da segunda-feira.


Por volta das 12h30 havia mais de 10 pacientes aguardando atendimento e muitas reclamações de demora. Naquele dia, a informação era que havia registros de 15 novos casos em 36 horas. Esse número mostra bem o quanto aumentou a velocidade dos casos registrados, conforme a média, apurados no três dias subsequentes.


Na terça-feira, a secretária Silvia Elizabeth Forti Storti explicava que, apesar de não ser a finalidade específica do Hospital do Olho, ou seja, não se relacionar a casos de conjuntivite, o atendimento seria feito por médicos da rede para dar mais conforto aos pacientes.


Além disso, os atendimentos estão sendo realizados também, principalmente no caso de crianças, por pediatras, no período noturno, nas UBS dos Jardins Paulista e S. José.


Doença impede secretária

dedar entrevista

A conjuntivite, mal que no início dessa semana já começa a preocupar em razão da velocidade que começaram a surgir novos casos, teria impediu a secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, de conceder entrevista a uma emissora de rádio na manhã da segunda-feira, dia 28, conforme havia agendado anteriormente.


Pelo menos foi essa a explicação divulgada para justificar sua ausência a uma entrevista agendada para a segunda-feira desta semana, dia 28, quando já era latente o aumento de 57% no número de casos no período de uma semana.


Mas de acordo com a coordenadora de Vigilância e Saúde da Secretaria, enfermeira Marli Manzatto dos Santos Belluci, os casos começaram a aparecer, além da normalidade, a partir do dia 22 de março.


Entretanto, procurava tranquilizar a população explicando que não havia uma epidemia, embora confirmasse surtos em quatro locais fechados com mais de dois casos e pela cidade toda, dentre eles, em duas escolas que haviam sido notificadas.


Mas ela já acreditava em um número maior de casos, uma vez que os consultórios médicos são obrigados a notificar apenas os casos de surtos. Já os casos individuais não precisam ser relatados.


A conjuntivite, de acordo com Marli Belluci, permanece na pessoa por até 10 dias, no caso viral, a maioria dos que têm sido registrados. Mas, por se tratar de vírus é uma doença de fácil transmissão. “As pessoas tem que evitar o máximo de contato pessoal. Procurar usar objetos descartáveis, sem compartilhar objetos de uso pessoais com outras pessoas”, explicou.


No caso da conjuntivite viral a transmissão é possível enquanto houver a secreção amarela mais clara. Já no caso da bacteriana, que a secreção tem uma cor amarela mais forte, o período de transmissão é mais curto.


A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos), que causa coceira, vermelhidão, lacrimejamento intenso e uma sensação de areia nos olhos.


O problema pode durar entre sete e dez dias, em média e deve ser acompanhado cuidadosamente para evitar complicações.
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