De acordo com os números divulgados na quinta-feira (19) pelo setor de Vigilância Epidemiológica da Secretária Municipal de Saúde, com 167 pessoas que contraíram dengue, doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a cidade já está enfrentando a quarta epidemia de dengue de sua história.

Além destas pessoas, cujos casos já estão confirmados, outras 166 ainda aguardam os resultados dos exames de sorologia para a doença que foram encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz de Ribeirão Preto.

Pelas informações oficiais divulgadas pela Secretaria e que devem prevalecer ao menos até na segunda-feira (23), quando está prevista a chegada de novos resultados, já chega a 448 o total de notificações, sendo que apenas 115, ou seja, cerca de 25% deles, tiveram resultados negativos.

Por outro lado, os casos já confirmados que representam cerca de 37% se transformam numa grande preocupação. A confirmar este percentual de casos positivos, dos 166 ainda suspeitos, pelo menos mais 60 casos podem ser confirmados nos próximos dias.

Além disso, há ainda o fato de que muitas pessoas, segundo informações não oficiais, mas que partiram de alguns médicos que atendem na cidade, chegaram a contrair dengue, mas não notificaram o serviço de saúde pública do município.

Por isso o setor de Vigilância Epidemiológica passou a atuar diretamente no centro comercial e bancário da cidade, fazendo a nebulização ambiental. O motivo é a grande freqüência de pessoas.

De acordo com a coordenadora de Saúde da secretaria, Josielem Aparecida Amorim, há muitos casos e criadouros espalhados por quase todos os cantos da cidade. Ela lamenta que os visitadores estão encontrando dificuldades para entrar em algumas residências para fazer o trabalho de combate. Os bairros mais preocupantes continuam sendo os jardins Santa Ifigênia, Boa Esperança e Miessa. Porém, a situação já começa a preocupar também nos jardins Rodrigues e Toledo.

Esta é a quarta epidemia de dengue em Olímpia, a terceira sob a administração do prefeito Luiz Fernando Carneiro e do secretário municipal de Saúde, Giovanni Baptista da Silva Júlio.

A primeira delas ocorreu no ano de 1996, último ano da administração do ex-prefeito José Carlos Moreira, quando foram contabili-zados 111 casos positivos.

A segunda epidemia, e de maiores proporções que a primeira, foi registrada no primeiro ano do primeiro mandato do prefeito Luiz Fernando Carneiro. Em 2001, segundo informações obtidas junto ao endereço eletrônico do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) "Professor Alexandre Vranjac", da Secretaria Estadual de Saúde, foram totalizados 783 casos positivos.

Depois disso, já no atual mandato do prefeito Carneiro, ocorreu a terceira epidemia da doença, quando foram totalizados 858 casos positivos, a maior incidência registrada no histórico da dengue no município de Olímpia.