21 de fevereiro | 2010

Santa Casa tem até segunda-feira para definir situação de médicos

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A diretoria da Santa Casa de Olímpia tem até o final da tarde de segunda-feira, dia 22, para definir a situação dos médicos que participam da escala de plantão de disponibilidade – plan­tonistas à distância – para evitar uma paralisação da categoria. A dilação do prazo que venceria à zero hora desta sexta-feira, dia 19, aconteceu depois de reuniões no fórum de Olímpia, coordenadas pelo promotor dos direitos constitucionais do cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior.

Oliveira Júnior manteve conversas com o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, com a provedora da Santa Casa, Helena de Souza Pereira e, com dois representantes da Delegacia Regional de Barre­tos, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Carlos Marcelo Borges Santiago e Marco Antônio Ferrei­ra Corrêa, que intercederam para que a paralisação não acontecesse nesta sexta-feira.

“Urgência e Emergência não se paralisa em movimento nenhum de médico, em lugar nenhum. São critérios que se não houver o atendimento naquele momento o paciente terá danos maiores à sua saúde, seja com seqüelas, seja com a morte”, declarou Santiago ao final, depois de cerca de 3h30 de entendimentos. “Esse tipo de atendimento não deixa de ser feito e independente de haver um movimento de paralisação ou não”, acrescentou.

Por outro lado, com relação a remuneração reivindicada pelos médicos, Santiago diz que houve avanços “razoavelmente interessantes” (sic) no sentido de solucionar o problema fazendo “acordos mais bem amarrados”.

“Foi um pedido pessoal do prefeito e com certeza esperaram mais de três anos, mais três dias não vai fazer diferença nenhuma. Os médicos vão dar mais esses três dias de contribuição e na segunda-feira dá-se mais um passo nessa tentativa de acordo que eu tenho certeza que, dependendo da boa vontade de todos, vai sair”, comentou.

Entretanto, citou que urgência e emergência não englobam, por exemplo, o caso de uma unha que está encravada há três meses e que “nessa noite começou a doer e não para de doer, às três horas da manhã. Parece que vai morrer de dor e não é uma urgência e nem uma emergência”.

“Agora, uma criança que vai nascer, a mulher entra em trabalho de parto e vai nascer dentro da uma, duas ou três horas, é uma urgência ou emergência, o médico atende. Ou uma apendicite aguda que se não operar…”, acrescenta.

Mas também não é o caso de uma criança que está desidratada, com vômitos e diarréia, que necessita de internação para ser hidra­tada: “Isso não é uma urgência ou emergência. Ela não vai morrer se ela for internada para ser hi­dra­ta­da aqui, em Bebedouro ou em Barretos. Dá para fazer uma remoção”.

“Então uma urgência ou emer­­gência é um atendimento que se você não consegue trabalhar de forma imediata, prestação imediata do serviço, sofre o risco de ter seqüelas importantes, danos maiores aos pacientes ou até morte”, reforçou. Numa situação eletiva, segundo Santiago, não se configura urgência ou emergência.  

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