27 de novembro | 2011

Santa Casa deve rescindir contrato com a Comed

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A partir de um boletim de ocorrência registrado na noite da sexta-feira da semana passada, dia 18, por volta das 22h30, a diretoria da Santa Casa de Olímpia deverá rescindir o contrato firmado com a Cooperativa de Médicos (Comed), de Sertãozinho, para o fornecimento de médicos para atenderem no pronto socorro do hospital.

No entanto, procurado no início da tarde desta sexta-feira, dia 25, o provedor Mário Francisco Montini, embora aponte a medida com uma possibilidade, ainda não confirmou a rescisão. Mas o que se sabe é que para tanto, há necessidade de fundamentação e de um aviso prévio com prazo de 60 dias.

De acordo com ele, a cooperativa recebe em torno de R$ 100 mil por mês para manter um profissional durante 24 hs entre segunda e sexta-feira e dois, um clínico geral e um pediatra, durante os finais de semana.

Porém, pelo que Montini contou, essa não foi a primeira vez que faltou médico para atender no pronto-socorro. Segundo ele, por exemplo, já em outubro não foram pagos alguns dias em que a cooperativa deixou de enviar seus médicos associados, deixando a urgência e emergência sem o atendimento necessário.

Mas a situação ocorrida na sexta-feira da semana passada não fará com que a Santa Casa deixe de terceirizar o atendimento médico no pronto-socorro. Isso porque, segundo o provedor , haveria outras duas empresas do mesmo segmento com intenção de atuar em Olímpia.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Por outro lado, de acordo com o boletim de ocorrência registrado por Mário Montini, o caso registrado no dia 18 será levado ao Conselho de Ética do CRM (Conselho Regional de Medicina) e também será avaliado pelo departamento jurídico da Santa Casa, para uma providência contra a infração contratual cometida pela Comed.

Segundo consta na polícia, no dia 18, a partir do plantão encerrado às 19 horas, o pronto atendimento ficou desguarnecido de médico, causando transtorno aos pacientes até as 22h35, porque a empresa não havia apresentado médico no plantão.

Também segundo consta no boletim elaborado pelos policiais militares sargento Otoniel e soldado Fábio, que atenderam o caso, as situações mais graves foram atendidas pelos médicos do corpo clínico da Santa Casa.

ENTENDA O CASO

Como se recorda, na sexta-feira da semana passada, dia 18, a situação verificada por esta Folha no início da noite de sexta-feira, dia 18, por volta das 19h30, retratava uma cidade de um País em estado de guerra, tamanho o abandono em que se encontrava o Pronto Socorro da Santa Casa de Olímpia.

Motivada pela ausência de pelo menos um plantonista, atendimentos como de um simples corte provocado por uma queda, passando por uma fratura, por uma possível pneumonia a até um caso de variação da pressão arterial, deixaram de ser atendidos.

Mas tudo surgiu a partir da advogada Marisa Amaro dos Reis, moradora de São Paulo, mas que tem familiares em Olímpia, que consta ter ficado sem atendimento no Pronto Socorro do único hospital da cidade, embora apresentando o seguro Bradesco para o atendimento desde as 16 horas daquele dia.

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