13 de abril | 2014

Salata tenta defender aumento do IPTU e é vaiado na Câmara

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Ao tentar defender o aumento assustador do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), através da aprovação da Planta Genérica de Valores (PGV), o ve­reador Luiz Antônio Moreira Salata (foto), líder do prefeito Eugênio José Zuliani, foi vaiado pelas aproximadamente 120 pessoas que ocupavam a galeria da Câmara Municipal de Olímpia.

O vereador foi o único a se manifestar a respeito do assunto. Isso porque, segundo o que foi comentando por uma emissora de rádio, ele teria chegado atrasado e não tinha conhecimento de um eventual acordo entre os demais vereadores, que teria sido feito antes de a sessão iniciar.

Também foi comentado que o acordo seria no sentido de cansar os manifestantes e manter a situação controlada. Quer dizer, sem ninguém tocar no assunto as vaias não aconteceriam contra nenhum dos vereadores.

Mas as vaias irritaram Salata. Por cauda disso, entre as coisas que afirmou, ele disse que aquelas pessoas não estão acostumadas à democracia e à “manifestação livre e educada” (sic).

Chamou os manifestantes de black blocs infantis e afirmou: “eles vão ter que ter educação aqui dentro”. Disse também: “aqueles que não quiserem me ouvir podem se retirar. Não tem problema”.

Falou ao presidente Humberto José Puttini que as “manifestações desrespeitosas nessa casa (Câmara) devem ser reprimidas porque o regimento interno não permite”.

O presidente da Câmara solicitou aos manifestantes para que deixassem Salata se manifestar da forma que queria. Mas quando o vereador tentou retornar ao tema foi vaiado mais uma vez.

Por isso Salata disse que eles estavam sendo violentos e que estavam interrompendo sua fala. “Queria que descontasse o tempo que não está sendo usado por esse vereador e que está sendo contaminado pela má educação e a manifestação desrespeitosa”.

Sempre que Salata tentava fazer a defesa do prefeito, as vaias voltavam e mais uma vez o presidente se manifestou pedindo que os manifestantes ficassem calados. Uma das vezes o presidente chegou a ameaçar en­cerrar a sessão.

Ao encerrar sua fala Salata disse: “(…) lamento a falta de respeito, falta de educação daqueles que não estão acostumados ao livre debate, que querem o retrocesso da cidade”. Em seguida recebeu vaias novamente.

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