20 de setembro | 2010

Puttini explica caso do Fefol e denuncia dono da Difusora

Compartilhe:

Depois de explicar o que ocorreu em relação ao dinheiro arrecadado com aluguel de barracas durante o 46.º Festival Nacional do Folclore (Fefol), o secretário de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, Humberto José Puttini (foto a direita), denunciou possível superfaturamento que o proprietário da Rádio Difusora AM, Fernando Cerejo Matinelli (foto a esquerda), teria praticado quando prestava serviços de som para a prefeitura de Olímpia.

“Quando assumi a secretaria, uma empresa que sei também pertence a ele, prestava serviços para a Secretaria de Cultura. Na época tinha aquele circuito cultural e comecei a perceber os altos valores que cobrava que não condiziam com a realidade”, afirmou.


“Trabalho nesse ramo de evento há 17 anos, não sete meses ou três dias. Eu sei o valor de mercado e vendo os valores dos serviços prestados, além das condições que a prefeitura poderia pagar”, acrescentou.


Por isso, na avaliação de Puttini, haveria uma perseguição do empresário que, além da emissora de rádio, seria também proprietário de um jornal estabelecido no mesmo terreno onde está a Difusora.

Ele conta que é a terceira vez que Fernando Martinelli o acusa.

“Particularmente tenho problemas com ele desde lá atrás, pois tenho uma conduta com o dinheiro público que é uma coisa que nasce com o ser humano. O respeito, o caráter, a diferenciação das suas atitudes vem com você”, afirmou.


O secretário conta que logo que percebeu os valores, procurou o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, informando-lhe que não pagaria o que estava sendo cobrado. “Peguei e comprei um som.

A secretaria tem um som de porte médio e nunca mais precisou alugar”, informou.
“Mas essa iniciativa minha que trouxe uma economia fabulosa para o município, acabou transformando esse indivíduo num inimigo pessoal meu, porque contrariei os interesses econômicos dele e a partir daquele momento ameaças começaram chegar. Ele falou: tenho um jornal e tenho uma rádio, ou faz do jeito que eu quero ou eu vou fazer aquilo que eu acho que tenho que fazer. Eu devolvi os recados e disse faça o que você bem entender”, reforçou.

DENÚNCIA

Segundo a denúncia veiculada, o secretário teria utilizado contas correntes de terceiros, no caso seria de uma ex-estagiária de pedagogia na prefeitura, para movimentar valores recebidos de comerciantes que locaram espaços das barracas no interior do Recinto de Exposições e Praça das

Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna, durante o evento realizado entre os dias sete e 15 de agosto próximo passado.

“Eu cuidava da parte estrutural, contratação de palco, som, iluminação, de segurança, dos estandes que foram montados, tendas montadas. Nada mais que a parte estrutural. Em momento algum tive contato com barraqueiro, até porque a arrecadação da venda do espaço era feita pela própria comissão”, disse o secretário.


“Existia um servidor (Carlos) que estava trabalhando junto com ele (presidente da comissão), que sempre fez isso no festival do folclore, que entrava em contato com os barraqueiros, oferecia e vendia o espaço. Automaticamente a pessoa assinava um contrato e ele que fazia esse recebimento”, acrescentou.


O nome da secretária do gabinete do prefeito, Cássia Recco, também foi envolvido na denúncia. “Ela se prestou a ajudar e como ela foi bancária a vida inteira, ficou com essa parte financeira. Então, quando era efetuada as vendas das barracas, esse dinheiro era repassado a ela e conforme o dinheiro ia entrando, ia fazendo os pagamentos”, explicou. “Não teve depósitos”, reforçou.


PROPRIETÁRIA DA CONTA

De acordo com Puttini, a ex-estagiária, identificada por ele pelo nome Naiara, negou ter feito qualquer afirmação sobre empréstimo de conta corrente ou mesmo de seu cartão para movimentação bancária. Ela teria negado qualquer contato com o secretário, informando-lhe, inclusive, que a conta corrente citada estaria sem movimento há mais de dois anos.

No entanto, também de acordo com Puttini, Naiara confirmou que conversou com a repórter da emissora e do jornal. Teria inclusive, embora achando estranho, confirmado que possui a conta. Ela teria sido questionada, embora negado, sobre uma possível movimentação da mesma, durante o Fefol. “Isso foi o que ela (Naiara) me disse”, declarou.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas