Willian Zanolli

Quando vi a manchete do jornal, a cara de espanto sorridente do bem alimentado vereador e Pastor Leonardo Simões pensei que não tinha falado sério, e não falou, quero pelo menos crer nisto.

Aos fatos que pode ter alguém aí que não tenha lido a matéria, aí o cachorro rasgou aquela edição, a esposa colocou no lixo, ou, na pior das hipóteses colocou em um canto da sala para os gatinhos fazerem suas necessidades no jornal, contemplando a carinha deste escritor com aquilo que alguns di­zem que ele tem no cérebro.

Alguns fizeram isto por vingança outros por sa­canagem, e outros, até cortaram minha imagem pa­ra o cachorrinho, ou o bi­cha­ninho não tirarem o brilho da minha calca reluzente com suas questões internas.

Falei demais disto e esqueci que tem o vizinho que leva o jornal, o parente que não assina e pede emprestado e não devolve, o amigo que visita começa a ler e pe­de para levar para acabar de ler em casa, e nunca mais.

Sei disto por que meus milhares de fãs relatam estas histórias pra mim, as que vivem e as que ouvem de inimigos figadais.

Razão pela qual compreendo que os leitores podem não ter edições passadas, tanto que fico emocionado em saber que há edições dos meus primeiros artigos que valem uma fortuna, segundo indicaram os colecionadores.

Há quem pague mais de dez reais para quem queimar os meus artigos, aquele que bombou falando do car­ro da balada vale uma no­ta, e se chamar o bom­bei­ro pra apagar o preço dobra.

Assim sendo muitas edições foram alvos de sinistros, daí incluí-las na possibilidade de que a que o pastor e vereador Leonardo Simões fez aquela declaração infeliz possa estar entre as vitimadas pelo ranço ou pelo amor da nossa gente.

Estou esticando a conversa, por que o editor do jornal sou eu, que o Arantes está afastado, tratando da saúde e encorpando, parece contradição, mas não é.

O ex editor deste jornal, por enquanto no estaleiro, José Antonio Arantes, embora as más línguas estejam falando que passou por uma cirurgia de mudança de sexo, o que pode ser in­verdade, pelo que eu soube de fontes extraoficiais passou por uma cirurgia daquelas que emagrecem o in­di­víduo, deixa com cor­pi­nho de toureiro ou bailarino.     

Aproveitando a dieta obrigatória de sucos e sopas e caldos, incorporou aos hábitos que o Julio Iglesias tem para cuidar da voz.

Isto vai afinar o corpinho e engrossar a voz. Por quê? Não me perguntem. Só sei que se o vozeirão já era bonito agora vai ficar lindo.

Terça feira ele estará de volta, das 11h30 às 13h00 no jornal Cidade em Destaque, confiram, vai falar mais grosso que a Thami Mi­randa, e mais alto também.

Eu não perco por nada, nem por uma pescaria de cds.

Fora isto tem a declaração do Pastor Leonardo, que deveria estar em um artigo mais sério, mais preocupado com a realidade social, porém, não há como levar a sério certas coisas, só rindo pra não chorar.

Depois de defender a merenda escolar que está sendo servida tanto na rede municipal de ensino quanto na estadual e de contar a respeito do cardápio de alguns dias da semana, o líder da bancada do prefeito Eugênio José Zuliani, vereador Leonardo Simões, se atrapalhou e acabou afirmando que as refeições são uma verdadeira dieta para o emagrecimento de uma pessoa. “Era tudo que eu precisava para emagrecer, de verdade”, disse.

Simões iniciou contra-argumentando o que havia sido reclamado pelo vereador Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, principalmente criticando os repasses pequenos dos governos Federal e Estadual, que estariam dificultando a Prefeitura que teria de aplicar recursos próprios em mais de 70% do valor total gasto com a terceirização.

De acordo com ele, a merenda escolar está custando R$ 208,00 por ano com cada aluno da rede. Mesmo assim comentou que o “cardápio me deixa muito lisonjeado com a Prefeitura de Olímpia”.

Simões citou três pratos que constam no cardápio: em um dia é servido iogurte com sucrilhos pela manhã; em outro arroz, feijão, carne moída com batatas e salada de beterraba no almoço; ainda em outro, mas também no almoço: arroz, feijão, creme de milho e salada de acelga com cenoura.

Depois desta fala super infeliz do Pastor Leonardo Simões o vereador Hilário Juliano Ruiz de Oliveira chegou a comparar os preços que são e que foram pagos pela Prefeitura pela terceirização da merenda escolar.

 “Há sete anos a merenda custava um milhão. Hoje custa sete milhões. Ela tem que melhorar muito e não só o interesse de alguns intermediadores, mas o interesse das crianças que estão na escola.

“E isso que nós precisamos”, afirmou.

Depois desta, vocês, leitores acham que há muito para se falar? Seria necessário explicitar este absurdo, emitir opinião ou juízo de valor?

Foi feliz o vereador em sua manifestação?

Não teria sido mais elegante da parte dele pedir o cartãozinho do médico do meu amigo editor que está no estaleiro e, junto, a receita para engrossar a voz, e levaria por fora um livro de ética de brinde deste que está editor até que o nosso Gianechinni possa voltar as atividades.

Uma última perguntinha. Pode ser até para o Pastor Leonardo Simões.

É mesmo verdade que o preço da merenda que você considerou como dieta alimentar para emagrecer pulou de um milhão para sete milhões?

Willian A. Zanolli é ar­­tista plástico, tendo ilustrado vários anuários do Festival Nacional do Folclore, jornalista, estudante de Direito, pode ser lido no www.willianzanol­li.­blo­gs­pot.com e ouvido de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 13h­00 no jornal Cidade em Des­taque na Rádio Cidade FM 98.7.e aos domingos no Sarau da Cidade das 10h00 às 12h00.