28 de fevereiro | 2011

Provedor afirma que médicos são obrigados a atender emergências

Compartilhe:
 
O comerciante Marcelo Elias Najem Galette (foto), provedor da Santa Casa de Olímpia, garantiu no início da tarde desta sexta-feira, dia 25, que o hospital não para e não deixará de atender nenhum caso grave, em razão da paralisação dos médicos que atuam no plantão à distância, a partir do dia 1.º de março. De acordo com ele, os médicos são obrigados a atender as emergências.


“A Santa Casa não fecha, não para de funcionar e o pronto socorro continuará funcionando. Os pacientes que chegarem com problemas de urgência, pelo Cremesp, os médicos são obrigados a atender, mediante sanções aos diplomas deles. Aquele que for necessária transferência, já está avisada à regional que a gente encaminhará”, afirmou.


Até então, segundo ele, não havia nenhum comunicado oficial, embora reconhecendo já estar sabendo do problema. “Não foi protocolado nada lá, sei desde o dia da reunião. Salvo engano foram comunicados a Secretaria Municipal de Saúde e Ministério Público, sobre a paralisação”.


Galette explica que o hospital ficará sem a retaguarda para atender os casos considerados “corriqueiros” (sic), como, por exemplo, uma pessoa que chega ao pronto socorro com uma dor no abdome que será consultada pelo plantonista e surge uma dúvida.

Nesse caso, explica o provedor, será acionado um cirurgião que avaliará a urgência ou não. Essa pessoa pode ser encaminhada para a rede pública e posterior agendamento de uma possível cirurgia. “Nesse caso, se estiverem em greve, não atenderão porque não é urgente”, disse.

Já quando se trata de um caso de emergência, como, por exemplo, um acidente envolvendo motocicleta, que a pessoa sofre uma fratura. “Ai, mesmo em greve, pelo Cremesp eles são obrigados a prestar esse tipo de atendimento. Isso é o que o advogado da Santa Casa apurou para a gente”, acrescentou.


Os casos considerados graves são de vítimas de acidentes de trânsito, pessoas baleadas ou esfaqueadas. “Quando é uma coisa grave e se não atender morre, aí tem que ir”, reforçou.


De acordo com ele, o pronto socorro, que é terceirizado para uma empresa de Sertãozinho, chamada Comed, não para de funcionar. Essa, explica o provedor, disponibiliza os chamados plantonistas de porta, ou seja, aqueles que atendem no pronto socorro. “Então, o pronto socorro, internação e UTI, continuam funcionando”, explicou.


“Até onde sei as justificativas deles são o não cumprimento das datas de pagamento e um reajuste, porque no contrato feito durante a intervenção, ficou acordado que em dezembro negociaria um novo pagamento. Eles reivindicam um terço do valor do plantão de porta que hoje o valor é R$ 1,5 mil as 24 horas. Eles recebem hoje R$ 260 e querem receber R$ 500 para ficarem disponíveis ao hospital e receber na data certa. A Santa Casa não está dando conta de pagar nem o R$ 260, que dirão R$ 500. Então fica meio complicado”.


OUTRO LADO


No entanto, o entendimento do advogado Gilson Eduardo Delgado, que defende os interesses dos médicos, é que não há obrigatoriedade por parte do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), principalmente nesse caso. Delgado avisa que a paralisação está prevista no próprio acordo firmado há aproximadamente um ano.
Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas