07 de dezembro | 2009
Programa mostra que casos de AIDS cresceram 10% em 2009
De acordo com os números divulgados no final da tarde da quarta-feira, dia 2, pela coordenadora de Vigilância e Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, Marli Manzatto Belucci dos Santos (foto), o total de casos de AIDS – em português SIDA – Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida – saltou para 112 no ano de 2009, cerca de 10% maior que o registrado no final de 2008.
Por outro lado, o mesmo levantamento mostra que, a partir do ano de 1987, quando foi registrado oficialmente o primeiro caso na cidade, já foram registrados 55 óbitos, destes em duas crianças, significando que, em média, cinco pessoas morreram por causa da doença a cada dois anos.
Ainda segundo a informação, do total de 112 casos registrados, nos últimos 22 anos, somente 49 foram notificados no próprio município de Olímpia. Os demais, o total de 60 pacientes, ou seja, cerca de 55%, foram notificados por outros municípios do Estado de São Paulo. Isso pode significar, em tese, que se trata de pessoas com nível social elevado que buscam esconder que contraíram o vírus HIV.
Porém, a falta de conhecimento ou mesmo o descaso com a doença, levaram 53 pacientes adultos à morte. “Indicando o diagnóstico tardio da doença na qual a notificação era do paciente já doente e não de um caso de portador do vírus HIV, que tem a possibilidade de uma vida prolongada com o acompanhamento e tratamento disponível na rede pública”, observa Marli dos Santos.
Outro dado também alarmante, divulgado no mesmo levantamento, é que em Olímpia a epidemia atinge mais pessoas do sexo masculino do que do sexo feminino, numa proporção de dois homens para uma mulher.
São 73 casos do sexo masculino, dos quais 38 deles resultaram em óbitos, contra 36 do sexo feminino, que resultaram em 15 óbitos. Comparando esses dados com o que foi divulgado no início deste ano, percebe-se que, em relação a 2006, a incidência do HIV em homens cresceu 25%.
Enquanto no ano de 2006 os casos masculinos representavam cerca de 53% do total, o levantamento divulgado agora mostra que atualmente, os casos em homens já são aproximadamente 66% do total.
Já as faixas etárias mais atingidas pelo HIV são entre 20 e 30 anos de idade, com 34 casos e, entre 30 e 40 anos, com 33 casos. Esses números indicam que cerca de 61% dos casos foram notificados em pessoas ainda em plena atividade sexual.
Já no caso de AIDS em criança, o levantamento apresenta três casos, sendo que destes, em dois os pacientes chegaram a óbitos, que ocorreram, segundo a coordenadora, nos anos de 1996 e 2005.
Por outro lado, atualmente, o serviço de infectologia da Secretaria Municipal da Saúde atende, com tratamentos, a 48 pacientes de AIDS residentes em Olímpia e na microrregião, dos quais 32 são do sexo masculino e 16 são do sexo feminino.
“Temos também 20 soropositivos para HIV sendo acompanhados – que a doença ainda não se manifestou – dos quais 7 são do sexo masculino e 13 são do sexo feminino, o que demonstra o maior acesso das mulheres ao diagnóstico precoce. No momento 57 % dos pacientes atendidos no NAI são do sexo masculino e 43% do sexo feminino”, finaliza a coordenadora.
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