31 de maio | 2009

Presidente da OAB defende a medida em Olímpia

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 O presidente da subsecção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), advogado Gilson Eduardo Delgado(foto), defende a implantação do chamado ‘toque de recolher’, medida que proíbe a permanência de menores de idade após um determinado horário da noite. Para ele, trata-se de uma medida que deveria ser adotada "de ofício até pelo Ministério Público".

"Com certeza, na minha opinião, deveria ser implantado em Olímpia, porque estamos verificando que acontecem fatos com menores adolescentes, principalmente no mundo do crime, que estão sendo praticados durante o período noturno, alguns na madrugada. Você anda na cidade e já não tem mais a visão que você tinha de 10 a 12 anos atrás. Hoje é totalmente diferente", comentou.

Para o advogado é uma medida que dará tranqüilidade aos pais e, também, de certa forma, para a Polícia Militar: "Vai ficar muito mais fácil o policiamento preventivo e acredito que em Olímpia já passou da hora de ser implantado".

O advogado avisa que a situação está se agravando e alguma medida tem que ser adotada. "Se vai resolver, se vai ser polemica ou se vai agradar, isso não é uma coisa que nós temos que ficar preocupados no momento. Algumas correções devem ser feitas, mas acho que deve ser implantada sim", acrescentou.

Delgado vê a medida como uma forma de proibir o adolescente "até porque a partir de determinados horários, na verdade você não espera que fiquem somente pessoas de bem na rua. Então, acho que é uma medida que não vai resolver o problema, mas vai ajudar a diminuir a criminalidade, principalmente envolvendo menores".

A medida é considerada eficaz, principalmente, em relação no combate ao tráfico de entorpecentes, "até porque sabemos que a maior parte do tráfico, principalmente da compra da droga, ocorre fora do período normal, ou seja, ocorre no período noturno". O ‘toque de recolher’, segundo Delgado, será bom também para os pais que terão um controle mais efetivo sobre os filhos, sabendo onde eles estão e em que horários.

Delgado recorda que em seu período de criança ou de adolescência saia de casa a noite por volta de sete horas e no máximo 10h30 tinha que ter voltado para casa: "Naquela época havia os saudosos Amadeu Galmaci e Oswaldinho que eram comissários de menor e faziam esse serviço".

"Nós tínhamos censura naquela época e no cinema tinha filmes proibidos que eram rigorosamente observados e faziam (comissários de menor) muito bem essa função. Havia um certo respeito. Acho que hoje com essa questão da liberalidade, confunde-se muito democracia com liberalidade", acrescentou.

Entretanto, ressalta que é contrário à questão de transmitir ao Estado a obrigação de cuidar dos filhos: "Acho que isso é uma aberração e que quem tem que cuidar dos filhos são os pais e não a sociedade".

 

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