31 de janeiro | 2010

Presidente da escola Vem Comigo reclama da inércia dos políticos

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Não só o dinheiro repassado pela prefeitura é fundamental pa­ra organizar uma escola de samba para as apresentações nas noites do domingo e terça-feira de carnaval, quando o espaço na avenida fica liberado para as mesmas. Esse pelo menos foi o tom dado na entrevista que o presidente da Escola de Samba Vem Comigo, Gerson das Graças Duarte Dias, Soró (foto), concedeu há cerca de uma semana.

Lamentando as dificuldades que se tornaram rotina na preparação da escola, ele relata que o trabalho é sempre realizado com muitas dificuldades, nem tanto pelo valor do subsídio, mas muito mais por causa da demora na definição e liberação do recurso financeiro. Ele conta que é uma situação que to­do ano é discutida, mas que nunca acontece nada de positivo para a organização da escola, ou seja, ter mais tempo para pre­parar os desfiles.

“A gente tem propostas em cima disso, mas infelizmente e não sei porque, os políticos ou pessoas talvez menos interessadas (no carnaval de escola de samba) ou ainda mais interessados em outras áreas, dificultam esse trabalho. Nós só queremos que olhem melhor e com bons olhos as escolas de samba de Olímpia”, reclama, mas evitando falar em nome de outras agremiações car­navalescas.

Com um tempo maior para trabalhar, Soró garante que tem condições de fazer coisas melhores, mas precisa haver uma conversa ampla que tenha projeto e uma coisa antecipada. “Não pode conversar faltando um mês ou um mês e meio para o carnaval”, afirma.

De acordo com o presidente, “essas propostas tem que ser conversada bem antes. Aí a gente tem condições de fazer um trabalho melhor e digno, em cima do que a cidade comporta e necessita. O­límpia hoje é uma cidade turística e precisa ter um carnaval de melhor qualidade”.

Porém, mesmo com as dificuldades rotineiras, demonstra disposição de mostrar um bom tra­­balho. “Nós vamos fazer o nosso des­file dentro daquilo que o nos­so carnavalesco (Vi­nícius Car­minati) vai passar pa­ra a gente e dentro do recurso que nos foi repassado”, avisa.

Os ensaios da bateria, uma das mais experientes da cidade, começaram com atraso. O que normalmente tem começado antes do Dia de Natal, para o carnaval deste ano foi iniciado apenas no dia quatro de janeiro, ou seja, com pelo menos cerca de 20 dias de atraso. “Esse ano não tive possibilidade para fazer isso”, enfatiza.

Mas na ocasião da entrevista, o presidente que também é o diretor de bateria, não demonstrava satisfação com o resultado ora atingido. “O ensaio não está bom”, avaliou Soro.

Os ensaios estão acontecendo no prédio da antiga fábrica de gelo do Ceasa, sempre a partir das 21 horas. “Porque é horário de verão. As chuvas estão atrapalhando demais, mas a gente já sabia que isso aconteceria”, acrescentou. No todo, a escola deve se apresentar com 86 integrantes.

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