18 de fevereiro | 2024

Carnaval confinado e recursos atrasados frustram dirigentes da Unidos da Cohab

Compartilhe:

CRÍTICAS E DESAFIOS!
Dirigentes da Unidos da COHAB expressam descontentamento com a organização do Carnaval 2024. Josimar Travagim e Maria Lúcia Cândido Travagin detalham adversidades e apelam por melhorias futuras. VEJA O VÍDEO.

 

No final do desfile confinado no estacionamento do Thermas, no domingo do carnaval 2024, a Escola Unidos da COHAB, representada por seus dirigentes Josimar Travagim e Maria Lúcia Cândido Travagin, relataram adversidades que ofuscaram a tradição do carnaval de Olímpia. Em entrevista a Silvio Facetto revelaram os percalços enfrentados, desde a logística até o apoio financeiro, que comprometeram a participação e o desempenho da escola no evento.

A relocação do desfile para o estacionamento do Thermas emergiu como uma crítica central. Essa mudança, percebida como uma degradação da essência do carnaval, reduziu não apenas o espaço físico disponível, mas também o entusiasmo dos participantes e do público.

“O pessoal adere ao carnaval na avenida, não aqui, no espaço curto, horrível, pior do que a Avenida,” lamentou Josimar, expressando uma perda palpável da atmosfera vibrante típica do carnaval.

VERBA ENTREGUE NA ÚLTIMA HORA

Além disso, o atraso na liberação da verba foi outro obstáculo crítico. Maria Lúcia, com preocupação, destacou as limitações impostas pela gestão dos recursos: “Não foi suficiente, não. E a verba entregaram na última hora, não teve como a gente comprar nada.” Esse entrave financeiro não só dificultou a aquisição de materiais necessários como também afetou a capacidade de reter e preparar participantes, minando a qualidade e a complexidade dos desfiles.

O estado precário do novo local de desfile também foi um ponto de grande insatisfação. Descrevendo um cenário desolador de insalubridade e desorganização por parte da empresa terceirizada pela prefeitura, Maria Lúcia criticou as condições de apresentação. “Foi péssimo. A gente se desdobrou para fazer as coisas bonitas, e não teve como mostrar porque muito cheio, muita água, muito buraco,” ela relatou, evidenciando a desconexão entre a necessidade de uma celebração digna e a realidade enfrentada.

MAIS COMPROMETIMENTO E ORGANIZAÇÃO

Em meio a essas adversidades, os dirigentes não perderam a esperança em um futuro melhor para o carnaval de Olímpia. Eles enfatizaram a importância de planejamento antecipado e suporte adequado para as escolas de samba, elementos cruciais para preservar a essência e a alegria dessa festividade cultural significativa.

Josimar apelou por uma reflexão e ação das autoridades municipais: “Carnaval se faz com 3, 4, 5, 6 meses de antecedência,” enfatizando a necessidade de um comprometimento maior com a organização e financiamento do evento.

RESPEITO ÀS TRADIÇÕES

A entrevista com os líderes da Unidos da COHAB revelou não apenas os desafios logísticos e financeiros enfrentados pela escola, mas também um chamado veemente por respeito e apoio às tradições do carnaval.

A esperança é que a voz dos dirigentes inspire mudanças significativas na abordagem da prefeitura em relação ao carnaval, assegurando que futuras celebrações possam refletir verdadeiramente o espírito vibrante e inclusivo dessa festa popular.

A mensagem de Josimar e Maria Lúcia é um apelo por um retorno às raízes do carnaval, onde a comunidade, a alegria e a celebração prevaleçam sobre os desafios operacionais e financeiros.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas