21 de março | 2011

Prefeitura retira “bundões” da praça Rui Barbosa

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A Prefeitura Municipal de Olímpia retirou no sábado, dia 19,
as três estátuas metálicas, que ficaram conhecidas popularmente por “bundões”
ou “estátuas sem cabeça”, instaladas na Praça Rui Barbosa, por ocasião das
comemorações do centenário de Olímpia e os despejou em um gramado no Recinto do Folclore.

A justificativa, segundo a assessoria de imprensa, é a
remodelação total da praça, que desde o final de dezembro, passa por uma
modificação. A retirada foi anunciada no ano passado, para viabilizar a reforma
do local.

As estátuas, segundo informação anterior, do prefeito
Eugênio José Zuliani, Geninho, devem ser colocadas no Recinto de Exposições e
Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna.

FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
O monumento implantado na Praça Rui Barbosa, composto por
três estátuas, inaugurado na manhã do dia 12 de julho de 2003, em homenagem ao
centenário de Olímpia, representa a unificação dos povos que por aqui chegaram.
Quer dizer, a construção da própria sociedade local.

A informação é do próprio artista plástico, autor do trabalho, Antônio Masini,
que é italiano, que estava em Olímpia na ocasião a convite da Sociedade Dante
Alighieri, que concedeu entrevista exclusiva a esta Folha da Região.

A ideia surgiu durante encontro que teve na Itália com o advogado olimpiense
Antônio Luiz Pimenta Laraia. Ele não cobrou nada do município para a confecção
do trabalho, e todo o material foi custeado pela Prefeitura Municipal.

“Pensei: Por que não fazemos uma obra de escultura? E lancei esta ideia, que
foi aceita por Olímpia. A estátua foi elaborada e discutida com o advogado
Antônio Luiz Pimenta Laraia, em colaboração com a municipalidade (administração
do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro), chegando-se a conclusão que deveríamos
fazer uma escultura pelo centenário da fundação da cidade”, disse o artista.

“Ao mesmo tempo pensei em uma espécie de renovação histórica do evento da
fundação da cidade, pensei em um encontro épico no início do século em curso,
nesta colina que conheci, e onde está Olímpia. Pensei em um encontro de vários
personagens, possivelmente o encontro de várias etnias, de origem europeia,
asiática, africana indiana, local. Naturalmente que isto era só uma imagem
hipotética de um fato histórico, que provavelmente aconteceu de forma diversa”,
continuou.


O TRABALHO


“Comecei a desenhar, a estilizar, porque não podia estilizar a imagem, pois
iria utilizar o ferro como material para produzir o trabalho e o ferro não
permite detalhes. A silhueta é muito simples, estilizada, ou racionalizando o
desenho. Estão presentes três figuras, duas que são unidas por uma grande
faixa. Esta grande faixa que está em cima da obra representa a unidade da
cidade”.

De acordo com ele, há uma personagem que tem a cor diferente das outras, que
são vermelhas. Esta figura, de acordo com o autor, que se destaca na
comunidade, ele a chama de rebelde.

“O homem que pensa, o artista, o criador, o inventor, o empreendedor, colorido
de outra forma, com uma cor azul. Esta cor me veio por acaso, vendo uma
fotografia de um personagem do vosso belíssimo Festival do Folclore, vi uma
máscara de um índio Caiapó, que pinta a face de azul, um azul que impressionou
bastante e que chamo de azul Caiapó. Ele (caiapó) está inserido nesta estrutura
de valor épico, pois quando se funda uma cidade ou qualquer coisa, está fixado
no tempo, ou inserido no nosso discurso, esta cor que lembra o índio”,
completou.

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