18 de outubro | 2010

Situação de empreiteira pode complicar construção de UPA

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Apesar de a rescisão ter sido indicada pelo vice prefeito Luiz Gustavo Pimenta e a secretária de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti ter solicitado mais agilidade, tudo indica que a Prefeitura de Olímpia ainda estaria mantendo vínculo com a empreiteira JNP, contratada para realizar a obra para a implantação Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), que está sendo construída no antigo pátio de serviços do município.

A construção, que está sendo realizada na esquina da rua Washington Luiz com a avenida Waldemar Lopes Ferraz, está visivelmente atrasada e preocupando a secretária Silvia Forti. Dinheiro, segundo ela, não falta para que os trabalhos andassem mais depressa.


Segundo consta, a empresa não estaria em condições até de pagar os poucos funcionários que tem, sendo uma das causas de não poder contratar outros para adiantar mais a obra.


Além disso, embora não confirmado oficialmente, os que estariam trabalhando não teriam sido registrados na empresa, ou seja, não teriam registro em carteira. Já se fala até que a empresa estaria em situação pre-falimentar e a se confirmarem tais comentários tudo isso poderia complicar a própria implantação da Upa.


Na tarde desta sexta-feira, dia 15, Silvia informou à reportagem desta Folha, que o município já recebeu duas parcelas do recurso federal previsto para a obra. A primeira, no valor de R$ 140 mil chegou no dia 10 de setembro de 2009. A segunda, no valor de R$ 910 mil, chegou no dia 23 de abril deste ano. “O dinheiro está até aplicado na Caixa Econômica Federal porque não pode ficar parado”, disse.


Ela observou que o prazo para conclusão encerra no mês de janeiro de 2011 e, se continuar da forma como a obra está caminhando, será obrigada a pedir uma prorrogação. No entanto, ressaltou que preferia ver a UPA em atividade já no mês de dezembro deste ano.


Dias atrás foi a vez do vice prefeito comentar a situação, quando praticamente confirmou as irregularidades que vem sendo apontadas: Já ouvi falar também que tem pessoal que não está recebendo da empreiteira”. Mas disse também conhecer a informação da falta do registro em carteira dos trabalhadores.


“Por isso que falo se não está correspondendo acho que o jurídico deveria rescindir esse contrato ou chamar a empresa. Alguma coisa tem que fazer, porque não pode deixar perpetuar”, alertou Pimenta.


NINGUÉM INFORMA

Entretanto, uma verdadeira romaria foi vivida pela reportagem na tarde desta sexta-feira. Na Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, que gerencia as obras municipais, a única informação precisa foi que o secretário Gilberto Tonelli Cunha está viajando e retornaria somente na quarta-feira, dia 20.

Um funcionário do setor, entretanto, embora afirmasse que preferia não comentar nada a respeito acabou por indicar que nenhuma medida foi tomada até então.


Também foi tentando um contato com o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, mas no gabinete a informação da secretária Cássia Recco era a de que ele também estava viajando e retornaria apenas na terça-feira, dia 19.


Até mesmo a secretária Silvia Forti, com o objetivo de melhor informar a reportagem, tentou ela diretamente conversar com o departamento jurídico da prefeitura, que seria o responsável por rescindir o contrato, se for realmente o caso. Mas também nada conseguiu.


Dias atrás foi divulgada uma informação como sendo a palavra oficial do prefeito, dando conta de que estava ciente dos problemas e que o contrato seria rescindido.

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