O fato da prefeitura de Olímpia ter oferecido verba de R$ 8,5 mil a cada uma das quatro escolas de samba que se dispuseram a participar do carnaval deste ano, levou a decisão da formatação do evento para uma reunião que está marcada para a terça-feira da próxima semana, 3, às 18 horas. Segundo a assessora de imprensa, Andresa Carla Maieiros Rodrigues, a falta de recursos fez com que o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, revisse o projeto inicial para a maior festa popular do Brasil, neste ano.

De acordo com a assessora, o prefeito definiu R$ 83 mil de verba para gastar com a realização do carnaval e o valor oferecido é o máximo que pode ser colocado à disposição das escolas de samba. No entanto, inicialmente a oferta foi ainda um pouco maior.

A organização do evento falou em R$ 30 mil para as escolas de samba, que seria o mesmo total do ano passado. Ocorre que, neste ano, ao invés das três escolas, surgiu uma quarta agremiação que no ano passado participou apenas como um bloco carnavalesco. "Se fosse três seriam R$ 10 mil para cada uma, como foi no ano passado", comentou.

Porém, mesmo com alguma resistência em relação ao valor do subsídio às escolas, é praticamente certo que as quatro escolas de Olímpia: Samba Sem, Vem Comigo, Gaviões e Sempre Arrasando, participarão dos desfiles do domingo, dia 22 de fevereiro e, da terça-feira, dia 24.

RAINHA
A comissão organizadora também está trabalhando no sentido de realizar a eleição da rainha do carnaval e princesas. A organização está a cargo do produtor de moda e coreógrafo, Alex Ruiz. No entanto, ainda não estão definidos local e data para o evento.
De acordo com Ruiz, inicialmente o evento deve acontecer no dia 14 de fevereiro. As candidatas podem fazer inscrição na agência Viva Modelos. Já no caso do rei Momo, não há concurso e o representante será escolhido pela agência.

ESTRÉIA
Por outro lado, Lucimara Batista Germano, presidente da Escola Sempre Arrasando, que fez estréia em 2008, mas apenas como um bloco carnavalesco, afirmou à reportagem desta Folha, que aguarda a liberação do subsídio para comprar, inclusive, alguns instrumentos. "Não tem nada em mãos ainda, mas vamos nos desdobrar para fazer um carnaval bonito na avenida", comentou.

Na Associação Cultural Samba Sem Compromisso, o diretor cultural, Luiz Fernando Monzani, diz que com um mínimo de recursos é possível organizar o carnaval. Mas, avisa que é preciso que entendam que tudo é proporcional ao valor que tem para gastar: "Nós sempre saímos independente de alguma verba que a prefeitura fornecesse". A escola já iniciou seus ensaios na Praça Rui Barbosa.

Na avaliação de Orides de Jesus, presidente da Escola de Samba Gaviões, do Jardim Santa Ifigênia, o valor que está sendo liberado pela organização é suficiente para organizar o carnaval legal: "Não muito bom, mas vai ser um carnaval legal". Os ensaios já estão acontecendo na avenida do Folclore, em frente ao bar do Claudinho.

Já no caso da Escola de Samba Vem Comigo, que desde o mês de dezembro está preparando sua bateria no prédio do antigo Ceasa (fábrica de gelo), a reportagem não conseguiu manter contato com a diretoria até o fechamento da edição.