08 de fevereiro | 2022

Vigilante que esfaqueou a mulher alega que teve “surto psicótico”

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Dona Marli que na segunda-feira estava entubada na UTI da Santa Casa local com perfurações na medula e pulmões, pela gravidade de seu caso estava para ser transferida para Rio Preto.

Depois de ter atacado a mulher com sete golpes de faca, e estar foragido durante uma semana, Sidnei da Silva Pereira, 51, apresentou-se na manhã de segunda-feira (7) na Delegacia de Defesa da Mulher, acompanhado de seu advogado, Davi de Paula, onde o caso será tratado pelo delegado Rodrigo Alonso Lopes.

Marli Antonia Ferreira, a companheira que levou sete facadas do vigilante, na segunda-feira, estava internada na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, entubada, aguardando transferência para Rio Preto, pois segundo sua filha seus pulmões continuavam a sangrar.

O advogado Davi de Paula não informou onde Sidnei ficou escondido esse tempo todo, apenas que “estava em local incerto” e evitou dar outros detalhes alegando “estratégia da defesa”.

Segundo o advogado de defesa do acusado, “ainda faltam muitas peças para serem juntadas para compreendermos o que causou toda essa tragédia familiar lamentável que resultou  no que aconteceu com a senhora Marly. Espero que ela se recupere logo, e é preciso cuidado com o que falamos, porque não estamos envolvendo apenas uma vida, mas duas (marido e mulher)”.

Por enquanto, o autor responderá em liberdade, até que a DDM, ou Ministério Público, ou mesmo o advogado da família, possa requerer, e ser aceita, a sua prisão preventiva. “Quando falamos em responder em liberdade passa ao leigo um sentimento de impunidade, falta de Justiça, mas não é isso, o processo todo é mais complexo, o que o senhor Sidnei precisa, nesse primeiro momento é de atendimento médico, precisa de internação psiquiátrica, e não de cadeia, o que, nesse momento, seria desastroso para ele”.

O advogado insiste que “tudo será esclarecido durante o curso do processo, com mais informações até ao final do inquérito”, e insiste em pedir “internação nesse momento para o senhor Sidnei, inclusive faz uso de medicamentos até injetáveis para depressão, crise de ansiedade e outras síndromes”.

Davi de Paula diz que Sidnei “não é um serial killer, um assassino, não tem ficha criminal, nunca se envolveu em nenhuma atividade ilegal, sempre foi trabalhador e, nos últimos dez anos, foi acometido de uma síndrome mental, faz tratamento psiquiátrico e uma medicação árdua”.

“Ainda faltam muitas peças para terminar de montar esse grande quebra-cabeças, estamos falando de um relacionamento de mais de 20 anos, um relacionamento lindo, ela cuidou dele quando esteve doente, vamos elucidar informações de que, nos últimos anos o relacionamento não estava bem, tudo durante o processo”, disse o advogado de defesa.

O advogado resumiu a tragédia do último dia 1º como “o resultado de um surto psicótico”. Acrescentou que Sidnei “esboça tristeza profunda e sinais visíveis de depressão, até chegou a falar várias vezes em tirar a própria vida”.

No início da tarde, o advogado chegou a dizer que chegou a ir à residência do casal para pedir os documentos de Sidnei, mas lhe disseram que, quando ele fugiu, levando-os consigo.

A filha, que soube da linha de defesa do padrasto que cometeu crueldade com a mãe naquela madrugada, comentou: “Ele sempre ameaçou a gente, por maldade mesmo, para fugir e procurar advogado ele não é louco”.

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