18 de junho | 2023

Prefeito ficou quase 1h30 respondendo perguntas de ouvintes na R. Cidade

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SABATINA NA RÁDIO!
Prefeito começou contando experiência na Suécia onde filha é vereadora e suplente de deputado. Durante todo o programa Cunha respondeu perguntas principalmente dos ouvintes sobre falta de remédicos, tarifa de água e esgoto, concurso público, Guarda Municipal armada, falta de médicos, entre outros.

 

O prefeito Fernando Cunha foi entrevistado pelos âncoras do programa Cidade em Destaque, pela Rádio Cidade em 98,7 MHz, na terça-feira, 13, quando durante quase uma hora e meia respondeu perguntas dos ouvintes, formuladas pelas redes sociais, Facebook e Youtube.

Entre outras coisas o prefeito explicou a volta do Marquinho da Farmácia para a Saúde e a colocação de seu “gerentão” Fabrício Raimondo como secretário.

Também falou sobre a taxa de água que disse ser uma das mais baratas da região e que vai continuar sendo assim, mesmo com a concessão.

Outro tema polêmico que explicou para os ouvintes foi sobre o fato da Guarda Municipal ter entrado na justiça para garantir o direito de andar armada, sem sua autorização e ao arrepio do projeto de criação e do próprio edital que convocou o concurso.

Também falou que estão sendo ultimados os preparativos para a realização de um novo concurso público para contratarar funcionários da prefeitura e a dificuldade que existe para contratar médicos que estão em falta no mercado. Mesmo assim anunciou a criação de uma unidade de Saúde Mental no Fundo da Beneficência Portuguesa com estrada pela Rua Síria.

AS FÉRIAS E A VISITA A FILHA NA SUÉCIA

Inicialmente o prefeito falou sobre sua viagem ao exterior, em seu recente período de Férias, quando visitou a filha Naiara, após convalescer de uma cirurgia no quadril que o liberou de um período em que sentia muitas dores.

“Eu tirei esses 15 dias de férias e estava devendo uma visita para a minha filha, a Naiara que mora na Suécia e é vereadora e suplente de deputado no parlamento europeu. Passei também por Portugal, que é um país das nossas origens e origens da minha família”, afirmou.

Sobre a cirurgia explicou que foi um procedimento no quadril, onde foi colocada uma prótese. “Cheguei num ponto que não conseguia mais andar de tanta dor. Estava com dificuldade para caminhar e dor 24 horas por dia. Então, a viagem foi para festejar também, pois aí eu podia andar. E lá tem que bater perna. Eu fiquei mais de um ano e meio sem poder fazer grandes caminhadas, por conta da dor”.

FOI MUITO BOM REVER A FILHA

E continuou: “Foi muito bom rever minha filha. É como um filme que vai passando. E a Naiara é uma pessoa bem resolvida, animada, alegre, não reclama de nada, não fala de crise, é pra frente, pra cima, e foi ótimo estar com ela. Fiquei em Estocolmo e fui até Södertälje, que é a cidade onde ela é vereadora para conhecer a Usina de lixo, pois ela é do conselho ambiental, fiscaliza a empresa que recolhe o lixo da cidade e da região metropolitana. Lá é grande, eles têm 38 caminhões de lixo, enquanto aqui em Olímpia nós temos 4. E aqueles super caminhões que parece até “transformers”, com container e tudo mais. Vai demorar muito para o Brasil chegar no nível deles”.

PERGUNTAS DOS OUVINTES

Após as apresentações, o prefeito começou a responder as perguntas dos âncoras do programa e dos ouvintes. A primeira foi sobre atraso na entrega de medicamentos.

Fernando Cunha – Essa é uma luta eterna. A gente tem a condição financeira para comprar, mas não consegue adquirir o medicamento. Tem alguns remédios que são do governo do estado e que tem atrasado muito, e os que a gente compra, tem tido dificuldade para comprar. Fornecedor não entrega. Mas, houve um problema, de um certo relaxamento na secretaria da saúde. Tanto é, que eu troquei a secretária. Ela é muito boa, mas senti que a secretaria estava perdendo o controle da situação. Então, coloquei lá um “gerentão” para colocar ordem na casa.

VOLTA DO MARQUINHO DA FARMÁCIA

— Quem manda lá é o Fabrício. Ele é o secretário. O Marcos foi para lá como assessor do Fabrício, pois ele tem experiência na área da saúde. Ele foi secretário, é farmacêutico. E o Fabrício não tem experiência em saúde. Então a ideia é que ele auxilie o Fabrício com os conceitos e conhecimentos na área da saúde. Mas o Fabrício é o gerentão.

OUVINTE PERGUNTA SOBRE
COBRANÇA ABSURDA NA TAXA DE ÁGUA E ESGOTO

— Primeiro que não é absurda a conta de água. Olímpia é uma das mais baratas da região. É que a pessoa não sabe o que é Rio Preto, Catanduva, Mirassol. É que no Brasil, os custos são elevados. E em Olímpia, por exemplo, o preço é quase metade de Mirassol. E agora vai ter um desconto de 5% com a concessionária nova, então não vai ficar mais cara, pelo contrário, vai ficar até um pouco mais barato.

— Além do desconto de 5% na tarifa, nova concessionária, durante cinco anos só vai poder reajustar pela inflação. Depois, virá uma agência que vai contabilizar, vai ter uma auditoria para fiscalizar essas contas, aí sim, em cima dos custos pode subir ou pode descer além da inflação. A concessionária tem que levar em conta o custo do serviço mais uma remuneração de 8% ao ano do que ela investir no sistema de água e esgoto daqui para frente.

SOBRE A POLÊMICA DA GUARDA MUNICIPAL LOCAL
TER GANHO NA JUSTIÇA O DIREITO DE ANDAR ARMADA

— Os guardas municipais entraram com uma ação e conseguiram uma decisão do judiciário. Eu achei um absurdo. Porque a guarda foi criada para guardar o patrimônio público sem arma e não para substituir a Polícia Militar. Sem arma, nós fizemos um edital de concurso, sem arma. O treinamento foi sem arma letal. Aí eles, nas minhas costas, sigilosamente (me sinto até traído), entram na justiça para conseguir se armar. Foi uma traição, a mim, a prefeitura e a Câmara, porque a gente não criou uma guarda armada.

— Eles têm o direito, como todo mundo de ter arma na casa deles, como qualquer pessoa normal, ele enquanto cidadão não podem portar essa arma. Agora, aqui em Olímpia por exemplo, o MP acabou de fazer um acordo com a prefeitura de Severínia, acabando com arma. Porque? Lá em Severínia a GCM estava fazendo função de Polícia Militar. Segurança é o estado que tem que fornecer. Nós temos uma Guarda patrimonial, é uma guarda comunitária, não é uma guarda preparada para este tipo de ação que a polícia militar faz, com guarda armada. O estado tem dinheiro e recebe para ter a Polícia Militar.

— Nós vamos na justiça, procurar derrubar. Eles são profissionais. Trabalham para a prefeitura, nas condições que a prefeitura concursou e contratou eles. Por princípio, entendo que o judiciário se equivocou. Invadiu atribuições do município, do legislativo e do executivo. E nós estamos recorrendo, pois isso é um absurdo.

SOBRE PREVISÃO
DE NOVO CONCURSO PÚBLICO
PARA CONTRATAR FUNCIONÁRIOS DA PREFEITURA

— Já era para ter aberto. É que a gente quer fazer concurso, mais idôneo possível, pois Olímpia vivia um histórico de concurso fajuto. Eu até tive um rapaz que era motorista lá no pátio e passou em terceiro lugar no concurso de escriturário da prefeitura. Então, era tudo fajuto os concursos de Olímpia, e o judiciário sabe, o MP sabe, pois tem “N” ações, em cima disso. Então pedi que se contratasse empresas idôneas como a Vunesp. Mas, a Vunesp está pedindo R$1 milhão e meio de reais para fazer. A gente sabe que o preço deveria ser uns R$300 mil reais. Então decidi fazer uma licitação e pegar uma empresa particular e vamos fiscalizar e vigiar para que não tenha fajutagem.

CONTRATAÇÃO DE NEUROPEDIRATRA

— Tinha uma neuropediatra que sofreu um acidente no trevo da Assis Chateaubriand, e parece que ela está traumatizada, não quer dirigir mais de Rio Preto para cá. Está faltando profissional. Esse é um problema sério que estamos vivendo no Brasil e na área médica. Então ficamos correndo atrás. E não é só em neuropediatria não, está faltando em outras especialidades também.

— A questão também é de resolutividade. Pois o cara passa mal, vai lá, faz exames, dá uma enganada, e daí 60 dias ele está de novo. Além de faltar profissional, não está resolvendo, a pessoa está voltando, e com coisas pequenas, com isso, a fila não acaba. O Fabrício já identificou o problema. Isso é mais um desafio de administrar a saúde, de entender onde está dando problema e diminuir essas filas.

CRIAR UNIDADE DE SAÚDE MENTAL
NO FUNDO DA BENEFICÊNCIA
COM ENTRADA PELA RUA SÍRIA

— Muitas sequelas surgiram e de todo tipo. Mas principalmente as psiquiátricas. Tem muita gente com depressão. O CAPS está entupido. Tanto que já autorizei colocar uma unidade da saúde mental na parte dos fundos da Beneficência Portuguesa. O CAPS tem que dar assistência psicológica e não psiquiátrica. Então nós vamos começar a obra do fundo para a frente, para já colocar a saúde mental na Beneficência com entrada pela Rua Síria.

— Vai ser difícil contratar profissionais da área da psiquiatria, mas a gente não pode se acovardar. Se os médicos estão em Rio Preto, a gente tem que trazer de lá.

 

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