23 de março | 2014

Prefeito diz que o aumento do IPTU vai ajudar a acabar com caranguejos

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Na volta de Portugal, mais uma vez tentando negar que o reajuste dos valores venais dos imóveis aumentou o valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), o prefeito Eugênio José Zuliani acabou declarando à imprensa que o novo imposto vai ajudar a acabar com os caranguejos da cidade. A afirmação foi feita à imprensa na tarde da segunda-feira, dia 17.

Talvez, fazendo referência ao caramujo africano, o prefeito tenha se confundido e falado que precisa combater o caranguejo. O tema está ligado à falta de limpeza de terrenos, obrigatória para o proprietário, mas que não faz e a Prefeitura teria de gastar com essa tarefa também.

“Terrenos de condomínio fechado, terrenos na avaliação de 100, 120, 150 mil, pagava 80 reais por ano de IPTU, 10 parcelas de 8 reais e o mato crescendo, sem calçada, criando caranguejo, escorpião para os vizinhos”, afirmou em determinado trecho da entrevista.

Preocupado com sua imagem, Zuliani negou a existência de uma máquina arrecadadora e disse que as parcelas cabem no bolso do contribuinte, provavelmente julgando ter noção de quando cada um tem verdadeiramente no bolso.

Mas além disso, disse que o IPTU não chega a significar 5% da arrecadação municipal: “Temos os repasses do FPM, os de ICMS e têm as receitas tributárias (IPTU, ISS, ITBI), então cidades que não tiverem pelo menos 10% de sua arrecadação global oriunda do IPTU ficam com quase zero de potencial de investimento”. “Então hoje, temos um custeio da Prefeitura alto, pois temos 4 novas escolas na cidade, temos cerca de 1.600 funcionários sendo que 560 são professores”, acrescentou, citando também a existência de outros setores.

Por outro lado, ressaltou que esta iniciativa de explicar ao contribuinte e ajustar o Valor Venal dos imóveis foi uma ação esclarecedora: “O IPTU é o único imposto realmente ‘imposto’ ao cidadão, por isso enviamos as cartas com os valores das plantas genéricas, podendo a pessoa se não concordar, ter tempo hábil para reclamar e ajustar este valor”.

 

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