21 de agosto | 2022

Prefeito diz no rádio que quer ampliar a Santa Casa, construir aeroporto e duplicar Av. Benatti

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ENTREVISTA NA CIDADE!
Cunha foi entrevistado no programa Cidade em Destaque pela Rádio Cidade na 3.ª feira, 16. Recinto do Folclore será Recinto de Exposições com museu tecnológico e virtual.

 

Deixar planejado o ensino integral no município, implantar o aeroporto, ampliar a Santa Casa e duplicar a avenida Benatti até a rodovia. Estes são os planos apresentados pelo prefeito Fernando Cunha na terça-feira, 16, em entrevista aos âncoras do programa Cidade em Destaque, Arantes e Bruna, pela rádio Cidade, pelo Facebook e pelo Youtube.

Fernando falou por mais de uma hora sobre vários assuntos, inclusive respondendo perguntas dos ouvintes. A seguir, um resumo do que foi dito. A íntegra da entrevista está no canal “siteifolha” no Youtube (clique aqui e assista).

Arantes – Terminou o Festival do Folclore e qual é o balanço que você faz? Festival de renascimento.

Prefeito – De fato o festival este ano foi maravilhoso. A gente já via desde que eu me reelegi. Um processo de resgate do festival, pois a gente vinha num crescendo e teve a interrupção da pandemia. Muita gente querendo reviver e os grupos também muitos animados. Foi muito bom. Também porque a gente equipou melhor o recinto, começou a concluir a repaginada que estamos fazendo e isso começou a aparecer. A gente achava que lá cabia apenas 15 mil pessoas e teve dia de ter 25, 30 mil.

O QUE VAI SER FEITO NO RECINTO

Arantes – E os problemas com a empreiteira que pegou a obra do recinto e foi a mesma da reforma da Câmara.

Prefeito – A gente fez um acordo para ela ir embora e colocamos outra lá. Quem concluiu foi o pessoal do Gilberto Recco e do Homero Constantino. Nós relicitamos, eles ganharam, e eles que concluíram a parte de camarim, vestiário, palco, os banheiros. Aquele pessoal que deu problema, foi embora.

Arantes – O que mais vai ser feito lá?

Prefeito – Agora tem um novo contrato que ali onde é o parque a gente vai fazer um local para exposições do agronegócio. Mas sem os galpões. Nós vamos fazer uma grande pista de grama no meio e nas laterais lajes onde se monta tendas, para ser multiuso; pode ser de flor, de pet, de boi, de trator e o próprio parque. Vai ser uma coisa mais flexível e tirar a poeira. A gente vai fazer o arruamento e aproveitar o paralelepípedo que está tirando das ruas. Vamos fazer um recinto de exposições sem ter aqueles prédios que travam tudo. Para dar vida e uso ao recinto.

LOCAL DE VISITAÇÃO PERMANENTE

Arantes – Então a proposta é fazer um local de visitação e uso permanente?

Prefeito – Por isso vamos fazer lá o museu, esse parque de exposições, a arena que a gente vai continuar melhorando e a Vila Brasil que a gente quer implantar.

Arantes – Essa parceria com a fundação Roberto Marinho como será?

Prefeito – Nós tínhamos tomado a primeira decisão que era levar o museu lá para dentro. Para que tenha a temática do folclore concentrada lá no recinto. Mas o que acontece é que museu tem mostras muitos específicas e tem que ter conhecimento profissional de como é a parte expositiva. Aí nós chegamos a fundação Roberto Marinho, que acabou de fazer o museu da língua portuguesa, o museu do futuro no Rio de Janeiro.

MUSEU DO FOLCLORE TECNOLÓGICO E VIRTUAL

– A Fundação Roberto Marinho vai fazer o projeto da exposição do museu. Pois segundo eles, hoje os museus atuais são muito mais tecnológicos. Tem muitas informações. Então eu diria que hoje, você colocar lá uma roupa, uma vestimenta de um grupo folclórico é mais como decorativo. O conteúdo mesmo vai estar em painéis, em filmes, em músicas que a pessoa vai assistir no local e pela internet tudo digitalizado.

– Depois, nós vamos fazer a captação de recursos para implantar isso, pois é caro. Aí a gente vai ter a grife da fundação Roberto Marinho na captação destes recursos para fazer esse museu tecnológico, com conteúdo do folclore. E daqui para frente com a fundação aqui dentro a gente tá na globo. E tem características que eles reafirmaram que é a presença na educação. Eles pensam em captar os recursos pedagógicos que a gente usa e transformar em alguns instrumentos que eles querem jogar para o Brasil, com a presença do folclore na educação infantil.

EMPRESA QUE DEU PROBLEMAS
NA ETA ESTÁ SENDO PROCESSADA

Arantes – Então só para o pessoal entender bem, nós vamos ter lá o Museu físico com assessoria da Fundação, exposições do nosso acervo que é grande e vai ter lá também, um espaço de museu virtual?

Prefeito – Isso. Esse é o pulo do gato. Porque o jovem hoje vai lá e ele quer tecnologia. Ele quer chegar lá e ter um telão e apertar e ver se ele for, por exemplo, de Santo Antonio da Alegria, que aparece no filme, conta a história do grupo, enfim, é isso que eles vão formatar.

Arantes – Prefeito sobre o desentendimento com os vereadores Tarcísio e Hélio LIsse Júnior e a questão dos furtos de fios em próprios municipais?

Prefeito – Eu entendo que os vereadores estão no papel deles: legislar e fiscalizar o executivo. Mas a questão dos problemas na ETA II é administrada pelo Daemo, dos erros, da deficiência, tanto é que a empreiteira foi colocada para fora, o Daemo assumiu a obra, relicitou para terminar as obras, e recontratou para arrumar as besteiras que o cara deixou. E ele está sendo processado para reembolsar o Daemo e a Prefeitura pelos erros de impermeabilidade no reservatório e de coisas que apareceram depois com os erros da obra.

ROUBO DE FIOS NA ESTAÇÃO
DE CAPTAÇÃO É CASO DE POLÍCIA

– Agora esse problema de furto na Estação de captação da Cachoeirinha foi a mão armada; o cara foi lá, rendeu o vigia para roubar. E esse é um problema de segurança pública e a polícia tem isso bem mapeado. A maioria dos casos é de drogados que furtam os fios para comprar drogas. Nós começamos a demolir alguns lugares que eles ficam abrigados, mas não adianta, pois eles vão para outros lugares. E o promotor chamou os donos de desmanches, os donos de ferro velho, os sucateiros e explicou para eles o teor da lei para que eles não fossem receptadores, pois o maior problema são dois, um o usuário de droga que rouba e o outro o receptador que compra.

– Acho que isso é um fenômeno brasileiro. E nós, tecnologicamente, estamos trocando os fios. Não vamos mais por fios de cobre. A gente vai colocar um fio que eles chamam de alma mista e que não dá reciclagem, pois mistura alumínio e outros componentes com o cobre, que não serve pra nada.

ÁGUA DO AQUIFERO PARA TODA
A CIDADE E EMPREENDIMENTOS

Arantes – A ETA II lá na CECAP, que foi o Moreira, recebe a água do Aquífero Guarani que vem da Cachoeirinha e vai levar por tubulação até o recinto. É isso?

Prefeito – A tubulação corta pelo espigão. Tem uma na Avenida Mario Vieira Marcondes e outra que vai ali da CECAP e chega até o Recinto, passando pelo Viva Olímpia. A água do aquífero é pura e não precisa ser tratada, então, só recebe cloro, e vai para o reservatório. Um grande reservatório que ele fica minando água por causa da impermeabilização está deficiente, mas funciona. São essas redes que a empresa que saiu estava fazendo e nós contratamos outra.

Arantes – E o poço da Petrobras? Já está arrumado?

Prefeito – O poço da Petrobras já furou e agora está fazendo o revestimento. Nós já chegamos a 1020 metros de profundidade, poderia ter ido até 1200, mas encontrou o concreto que a Petrobras tamponou e está sendo revestido; uma parte é em aço inox, pois a gente pensa em credenciar para uso em balneabilidade, para poder controlar o preço e não ter um mercado explorando os resorts com água quente, para a Prefeitura poder equilibrar esse mercado.

TUBULAÇÃO VAI DA ETA ATÉ O RECINTO

Arantes – E aí vai ter que fazer uma tubulação até aonde?

Prefeito – Tem que fazer. Ali tem uma adutora muito antiga e terá que fazer uma nova. A ideia nossa é seguir a via de acesso Wilquem até a estação da Apae para alimentar o reservatório. Ao longo da Wilquem ele pode sair uma canalização para alimentar, em qualquer ponto com água quente. Por que ela vai quente até na APAE, lá na APAE tem as torres de resfriamento da água da Cachoeirinha e a gente usaria essas mesmas torres para este poço. Com duas fontes de produção se encontrando no mesmo local. Mas, neste trecho até a APAE ela pode ser direcionada para alimentar futuros resorts. Esse é conceito.

AJUSTE SALARIAL DOS PROFESSORES

Bruna Arantes – Ouvinte perguntando sobre o ajuste salarial para os professores.

Prefeito – O piso salarial aqui em Olímpia são para poucas pessoas. Parece que tem uns 10 casos apenas, dos 500 professores que nós temos. É muito pouco. E tem uma polêmica jurídica, que Rio Preto adotou de uma forma, que é o seguinte: além do salário em si, tem os benefícios que a hora que você soma com os “benefícios”, você atinge o mínimo salarial. Então é por isso que o jurídico está vendo se segue o caminho que Rio Preto adotou, ou pega o salário puro e simples, mas é muito pouca gente.

Bruna Arantes – Outro ouvinte perguntando quando está previsto o início da guarda definitivo na cidade.

Prefeito – A guarda eles estão terminando o treinamento. Eles já entraram em serviço no Folclore, e agora foram de novo para Campinas para concluir o curso, que eu acho que são mais duas semanas. Aí é definitivo o início.

GUARDA MUNICIPAL SEM ARMA DE FOGO

Arantes – E eles vão usar arma prefeito?

Prefeito – Vão usar só arma elétrica. Eu não sou armamentista. Esse negócio de arma de fogo, não é comigo. Você vê o que a gente assiste na televisão o cara está numa balada e dá um tiro no outro, o cara está numa festa, num aniversário e atira, então eu não sou armamentista. A PM é treinada para isso; tem arma leve, arma pesada. Eu prefiro que a nossa guarda seja uma guarda mais comunitária.

Arantes – São 50 agentes? E quantos efetivamente vão trabalhar na rua?

Prefeito – Então, são 50 que vão trabalhar em três turnos. Deve ser uns 12 por turno direto. A polícia militar tem 38 e eu acho que são 6 ou 8 por turno. Então vai ter mais guarda civil do que polícia militar. E a polícia militar a gente paga a função delegada para nos ajudar e nos dias de folga, se precisar, ser acionado. Mas vai ter mais guarda municipal do que policiais.

FEFOL CUSTOU R$ 2 MILHÕES.
PREFEITURA PAGOU R$ 1 MILHÃO

Arantes – Quanto custou o Festival do Folclore?

Prefeito – Custou R$ 2 milhões. É da ordem de R$ 2 milhões o total, mas aí teve lei ProAC, incentivo fiscal através da Tereos, Iqueguami, Proença. Mais R$ 1 milhão da Prefeitura é o que a gente gastou. E é o que a gente sempre colocou.

Arantes – E o que você achou do posicionamento do Geninho?

Prefeito – Eu conversei com ele na sexta-feira e acho que a decisão dele foi certa, pois quando que na vida ele vai ter outra oportunidade desta. É de alto risco, porque como deputado ele estava reeleito e agora como chapa majoritária como vice-governador vai ter que brigar bastante. Mas tem que se arriscar mesmo.

GENINHO TEM CHANCES DE SE ELEGER

Arantes – E se ele não for eleito, fica o ponto positivo, o lucro dele participar da campanha e ficar mais conhecido?

Prefeito – O segundo turno em São Paulo, certamente terás um candidato mais a esquerda e outro a direita, que deve ficar entre o Rodrigo e o Tarcísio. E tem boas chances eu acho.

Bruna: E a vicinal Natal Breda vai demorar para ser reformada?

Prefeito: O cara abandonou a obra, demos azar. Do lado de lá do turvo foi a Constroeste que é uma empresa boa e já fez. Do lado de cá foi paraquedista, fez 1000 metros e parou, agora o DER está relicitando e vai começar de novo. Eu acho que em novembro deve começar.

Arantes: Essa questão de contratação de empresas é um dos grandes problemas atuais da administração pública, não existe uma forma de resolver?

Prefeito: Você vê esse problema do recinto, do uniforme e tantos outros. Tem proposta de fazer um seguro, talvez tenha que punir mais porque é muito flexível. O cara pega e larga e fica por isso mesmo.

AEROPORTO E AMPLIAÇÃO DA SANTA CASA

Arantes: Quais os grandes planos pro futuro, o que você tem para anunciar pra gente?

Prefeito: Eu pessoalmente não tenho projeto político futuro. Vou ficar quieto. Mas, para a cidade, hoje, estou empenhado no aeroporto; uma expansão da Santa Casa, que eu quero vincular ao Daemo. Estes são os principais.

– Na educação já pedi para contratamos uma consultoria para fazer um planejamento para ter ensino integral para todo mundo. Não dá pra ficar do jeito que está. Na questão social, uma das coisas que o poder público pode fazer é segurar o dia inteiro a criança na sala de aula. Não vou conseguir implantar, mas vou pelo menos planejar, pensar em quantas escolas a mais precisa, quantas salas de aula, funcionários, o que for.

– Creche nós estamos terminando o Maranata até janeiro e a gente tem como válvula de escape as filantrópicas que podemos aumentar, mas é meio período e a gente precisa fazer período integral para todo mundo. Criança tem de ficar o dia inteiro na escola, e não é ter aula de português e matemática, tem que ter outras atividades culturais, esportivas, técnicas ao longo do dia.

PISTA DUPLA NA AVENIDA BENATTI

– Objetivamente é o aeroporto e a Santa Casa e outra coisa que achei que ia ser longe é o prologamento da Benatti que vai fazer até na rodovia Assis Chateaubriand, e eu acho que vou começar a mexer na Benatti do outro lado do rio, vai ficar uma pista dupla. Tem também as casas populares, de 500 a 600 casas. Nós compramos a área do lado do Jardim Santa Fé que é para atender quem ganha menos. Já está em projeto e tem que aprovar, mas a área já está comprada.

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