06 de setembro | 2020
Prefeito acredita que Olímpia ainda fica mais de duas semanas na fase amarela
NA AMARELA NAS PRÓXIMAS SEMANAS?
Números da região poderão prejudicar
reabertura dos parques. Cunha acredita
que até o final do ano Olímpia poderá
ter de 60 a 70 óbitos.
O governo do Estado anunciou no início da tarde desta semana a reclassificação do Plano São Paulo, onde são definidas as medidas de relaxamento do plano de contenção do novo coronavírus no Estado de São Paulo e a região de Barretos na qual Olímpia está inserida, continuou na fase amarela.
Em todo o Estado, apenas as regiões de Franca e de Ribeirão Preto ficaram na faixa laranja, o restante do Estado agora está na fase amarela e a progressão seria para a fase verde, onde mais situações de isolamento podem ser revisadas, inclusive a abertura dos parques aquáticos.
Para passar para a fase verde, no entanto, é necessário que a região fique pelo menos quatro semanas na fase amarela. E, depois para a abertura dos parques, ficar mais quatro semanas na fase verde.
O prefeito Fernando Cunha, ouvido pelo WhatsApp na tarde de sexta-feira, 04, disse não acreditar que Olímpia consiga passar para a fase verde, ao final das próximas duas semanas, quando completará um mês na mesma faixa do plano São Paulo.
PROGRESSÃO
É IMPORTANTE
PARA ECONOMIA
LOCAL
Esta progressão seria importante para que os parques aquáticos da cidade pudessem voltar no prazo previsto pelo grupo de estudos do governo do Estado, por volta do dia 16 de outubro.
E se Olímpia ficar na amarela por mais duas semanas possivelmente só conseguirá reabrir os parques já no final de outubro faltando apenas dois meses para acabar o ano.
O prefeito entende que será difícil evoluir para a fase verde no final da próxima quinzena para poder coincidir com a previsão do grupo de trabalho do governo. “Olímpia melhorou seus índices, mas Barretos voltou a piorar e Bebedouro começou viver sua fase de pico. Na media regional, entendo que na próxima reclassificação a região acabe ficando na fase amarela”.
PARQUES PODEM
REABRIR SÓ
NO FINAL DE
OUTUBRO
Fernando explicou que pelo atual modelo do Estado os parques abririam somente após 30 dias na fase verde e ele se disse preocupado com a possibilidade de o turismo começar sua retomada com os parques somente no final de outubro ou começo de novembro.
“Fizemos gestões junto ao governo para poder abrir a partir de 30 dias na amarela, dependendo da avaliação dos números específicos da cidade e na próxima terça-feira o comitê gestor do Estado deve discutir e decidir se aceita a nossa proposta. Se conseguirmos os parques de Olímpia poderão abrir no começo de outubro. Caso contrário, se tivermos que, mesmo após seis semanas na amarela, ter que ficar mais quatro na verde, os sustentáculos do nosso turismo só poderão voltar a funcionar no final de outubro”, comentou.
CASOS EM OLÍMPIA
CAÍRAM E ESTACIONARAM
NA FAIXA DOS 30
O prefeito destacou ainda que Olímpia que estava no pico de 50 casos por dia, caiu para 34, mas estacionou. Precisa voltar a cair. “Depende muito da evolução dos casos ativos de covid para a mudança de fases”, garantiu Cunha.
Já sobre os óbitos, o prefeito acredita que o modelo que foi feito com base em cálculos do Ministério da Saúde em abril, ainda estão atuais. “Infelizmente podemos chegar aos níveis previstos pelo modelo que é registrar de 60 a 70 óbitos até o final do ano”, concluiu.
No começo de abril prefeito gravou vídeo para
explicar o que estava sendo feito e falou do
módulo de cálculo que o governo federal estava utilizando.
Ao que tudo indica o prefeito Fernando Cunha no início de abril deste ano já tinha em mãos um estudo, cuja previsão era a de que a situação de cansaço da população contra as medidas restritivas poderia chegar ao ponto que chegou atualmente e provocar dezenas de mortes.
No dia 06 de abril ele gravou um vídeo que postou nas redes sociais, onde, ao explicar as medidas que estava tomando para conter o coronavírus em Olímpia, destacou que tinha em mãos um estudo em que estavam previstos os cenários prováveis para o avanço da pandemia na cidade.
Assim como o editor desta Folha, em seu programa pela rádio Cidade e pela internet, na mesma época, com base em estudo de uma universidade inglesa, calculou quantos poderiam ser os mortos na cidade, o prefeito também tinha estudos que quantificavam a situação de acordo com as circunstâncias e a conscientização da população.
EM VÍDEO ELE FALOU DE
ORIENTAÇÕES QUE
RECEBEU DE UM MÉDICO
OLIMPIENSE QUE ATUA EM
SÃO PAULO
No vídeo, gravado na ocasião, ele contou inicialmente que havia conversado com um médico que é uma autoridade na área de exames, que é olimpiense, mas diretor técnico do laboratório Fleury que tinha feito uma análise que o havia tranquilizado com relação as medidas que o município estava adotando. “Ele fez uma checagem nos nossos números e nos deu segurança de que estamos preparados com relação as nossas instalações.”
Cunha destacou à época: “Ele me passou uma nomenclatura, uma metodologia sobre a previsão de casos que está sendo utilizado pelo governo federal. Diante desta análise podemos concluir que em Olímpia, se nós tivermos sucesso, se conseguirmos manter a população consciente de que é preciso persistir nas medidas de contenção e isolamento, deveremos ter algo como cerca de 500 pessoas infectadas, isso ao longo de um ano, e poderemos ter cerca de 100 pessoas precisando internação, apenas seis pessoas utilizando UTI e três a quatro óbitos”.
NO PIOR CENÁRIO
O NÚMERO DE
MORTES PODERÁ
FICAR ENTRE
60 E 70
Segundo ele, isso seria dentro do melhor cenário pela metodologia do governo federal que estava sendo utilizada pelos médicos que estavam acompanhando o Ministério da Saúde à época.
Mas num cenário pior (que é o que veio a se configurar), os cálculos acenavam que Olímpia poderia ter milhares de infectados e centenas de pessoas necessitando de internação ao longo de um ano. Destas, mais de 100 precisando de UTI, acarretando entre 60 e 70 óbitos.
O prefeito, na ocasião ressaltava que era uma previsão, um modelo, e que iria trabalhar para ter o menor número possível em qualquer quadro que pudesse vir a se configurar. “Nós estamos com leitos, UTI e respiradores compatíveis com as necessidades desse modelo de previsão que os grandes entendidos do governo federal têm feito.”
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