17 de abril | 2013

“Portal da Transparência” passa a valer em maio para cidades com até 50 mil habitantes

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Aproximadamente cinco mil municípios brasileiros com até 50 mil habitantes têm prazo até o final do próximo mês, dia 27 de maio, para colocar na internet um site com informações sobre seus gastos públicos, através do chamado “Portal da Transparência”, que se trata de um canal onde o cidadão deve ter acesso, em tempo real, às informações relativas às receitas e despesas, aos programas e às execuções realizadas pelas administrações municipais.

As prefeituras que desrespeitarem a lei podem ser penalizadas. Uma das punições é o corte de transferências voluntárias como, por exemplo, convênios com a União ou o Estado. No entanto, é preciso que as prefeituras atualizem o site em tempo real, lançando todos os atos praticados pelas unidades gestoras do município, inclusive recursos extraorçamentários.

“Nem todas as prefeituras que cumprem o prazo estabelecido para a exposição dos dados cumprem essa outra determinação. O site deve ser atualizado em, no máximo, até 24 horas do último lançamento contábil e também oferecer uma ferramenta de filtro que facilite a busca. Só assim seu objetivo será de fato alcançado”, diz Walter Penninck Caetano, diretor da Conam – Consultoria em Administração Municipal.

Para as cidades com 50 mil a 100 mil habitantes, o “Portal da Transparência” já é obrigatório desde maio de 2011. Sua implantação é um cumprimento à Lei Complementar 131/2009, de autoria do Senador João Capiberibe (PSB-AP).

Mas, além da prestação de contas à população, os portais municipais têm servido como instrumento de busca pela própria administração, segundo o diretor da Conam. “Gestores de dentro das próprias prefeituras estão se utilizando dos portais para ter informações relativas à sua secretaria, já que, muitas vezes, as informações chegam de forma lenta e burocrática”, diz. De acordo com Caetano, nos municípios onde a empresa presta serviços, cerca de 30% das consultas aos portais são realizadas por servidores públicos.

Porém, na opinião do diretor, para justificar a existência do portal, é preciso haver conscientização da população quanto ao hábito de controlar e fiscalizar os gastos públicos, forçando as prefeituras a cumprirem a lei na sua totalidade. “As pessoas ainda desconhecem a existência desse excelente instrumento de fiscalização. O cidadão precisa ser melhor informado sobre isso”, conclui.

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