05 de fevereiro | 2017

Policiais civis viajam 35 horas para buscar acusados do duplo latrocínio

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Para percorrer 1.635 km que separam Olímpia da cidade de Milagres, na Bahia, foram necessárias 35 horas. Esse foi o tempo gasto pelos três investigadores da delegacia de polícia de Olímpia, utilizando uma viatura da marca Toyota, modelo Hilux, para chegar até a cidade baiana onde estão presos Milton Itavo Neto, de 36 anos e seu filho, de 14 anos. Eles são os principais suspeitos de terem praticado o duplo latrocínio em Olímpia, no dia 14 de janeiro.

Os suspeitos foram presos na cidade baiana na última quarta-feira, por volta das 12 horas . Eles justificaram que tiveram que parar para descansar, pois as estradas estavam muito ruins.

Inicialmente estava prevista a chegada em Olímpia na tarde deste sábado, mas os planos foram mudados e agora a chegada dos acusados está prevista para o início da noite de amanhã, domingo. Caso esse horário se confirme, os suspeitos deverão prestar depoimentos apenas na segunda-feira. Eles deverão ser levados direto para a cadeia pública de Severínia.

A cidade de Milagres fica na microrregião de Jequié, no centro oeste do Estado da Bahia, cerca de 250 km de Salvador e tem cerca de 11 mil habitantes. Segundo consta, pai e filho estão em celas separadas.

DETENÇÃO EM MILAGRES
Os suspeitos do duplo latrocínio foram presos pela equipe do delegado Marcos Alessandro de Oliveira Araújo. O menor apresenta um ferimento na panturrilha da perna esquerda, provocado por um disparo de arma de fogo. Ele teria sido atingido de raspão e não procurou atendimento médico, tendo sido feito um curativo caseiro. O tiro teria sido disparado por divergência com traficantes daquela cidade.

 

CONFISSÃO INFORMAL?
Suspeitos admitem crime mas
negam a confissão no “papel”

Informalmente, quando foram comunicados do motivo que estavam sendo presos, Milton Ittavo Neto, de 36 anos e o filho, de 14 anos, teriam admitido a prática do duplo latrocínio em Olímpia. No entanto, eles se negaram a prestar depoimento formal e confessar o crime.

Esta informação os policiais de Olímpia receberam da polícia da cidade de Milagres/BA, onde os dois acusados foram presos. Com isso, depois dos policiais baianos darem cumprimento ao mandado de prisão temporária em desfavor do pai e o de custódia contra o filho, eles foram encarcerados e somente deverão ser ouvidos, formalmente, quando chegarem, em Olímpia.

SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA
Segundo o delegado titular da delegacia de polícia de Olímpia, Marcelo Pupo de Paula (foto), que comandou as investigações que culminaram com a prisão dos suspeitos do duplo latrocínio, foi fundamental as informações conseguidas pelo serviço de inteligência da Polícia Civil de Olímpia, que apontaram o local onde os suspeitos estavam.

O delegado destacou os serviços dos investigadores comandados pelo investigador Fábio e do escrivão Adilson Galina. Também, destacou a colaboração do delegado João Brocanelo Neto, que atualmente responde pela DIG – Delegacia de Investigações Gerais de Barretos.

Como se sabe, o duplo latrocínio foi praticado em Olímpia na madrugada de 14 de janeiro, quando o casal Antônio Irani, de 76 anos e Terezinha de Jesus de Almeida Leite Irani, de 89 anos, foram assassinados no interior da residência deles na rua Coronel Francisco Nogueira, 12.

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