Do Conselho Editorial

O carro da Secretaria de Turismo comandada por Beto Puttini foi fotografado por Walthinho Silva na madrugada em uma destas famosas baladas conhecidas como Open Bar.

A postagem da foto e comentários na rede social suscitaram uma polêmica que envolve a possível má utilização do veículo, cometimento de ação que contrarie disposto nas normas à que está atrelado o serviço público, questões de ordem moral e legal.

Diante da quantidade de comentários e visível mal estar diante da exposição da recém criada Secretaria de Turismo, diante do que poderia se configurar em algo reprovável, o funcionário público Rodrigo Marini, visando estancar, ou minimizar os efeitos da reação popular, justificou a presença do carro da Secretaria estacionado nas proximidades da balada.

Segundo suas justificativas o carro estava naquele local por que a Prefeitura criou um novo serviço no qual a Secretaria de Turismo cuida para que os hóspedes das pousadas e hotéis não sejam incomodados por barulhos levados a efeitos por baladas como a que estava acontecendo.

Traduzindo, repentinamente a Secretaria de Turismo passou a exercer o que era, ou deveria ser, função da fiscalização, ou da policia.

Segundo Rodrigo Marini que fazia a defesa da presença do carro no evento, o dono de uma pousada havia ligado para um número de Whatsapp e se queixado do barulho feito pela balada. Em razão disto o funcionário e o carro se deslocaram para a festa com o objetivo de coibir o barulho.

Lógico que tais alegações não colaram e foram alvos de muita piada e de comentários na internet.

Muitas dúvidas foram suscitadas, entre elas como o dono de uma pousada sabia de um inusitado número de telefone até então desconhecido da população.

Outra questão que veio se colocar depois é sobre quem é o dono da tal pousada e quem dirigia o carro oficial, que até o presente momento não foram mencionados por ninguém.

O colunista social, fotógrafo, encaminhou denúncia que foi recepcionada pelo Ministério Público e será alvo de investigação.

O mesmo colunista social informou nas redes sociais que visitada a pousada próxima da balada os responsáveis por ela não afirmam que tenha partido dali a chamada que convocou a fiscalização turística.

Da mesma maneira, diz, que está sendo ameaçado e indica que emissário do vereador Marcos Coca enviou cópia de resposta da Secretaria de Turismo esclarecendo os fatos.

Uma simples olhadela no oficio e na resposta leva à conclusão de que houve uma agilidade incomum no poder público que não responde nada aos vereadores, que mesmo quando questionado judicialmente protela até onde pode para negar informações.

Desta feita, o acontecimento foi no dia cinco e no dia treze mesmo sem ter tido sessão da Câmara, fora uma extraordinária, onde não se vota nada que não seja referente ao pedido da sessão extraordinária, mesmo assim Marco Coca teve com a rapidez da luz uma informação que demora as vezes anos e anos.

Parece óbvio que o objetivo era ter material para ter subsídios de defesa do secretário de Turismo, para isto basta ver as perguntas do ofício do vereador Marcos Coca dirigido a Secretaria de Turismo.

1- O veículo oficial de placas FER-6572, pertence a sua Secretaria?

2- Se positivo, quem utilizava o veículo na noite em que foi fotografado e publicado em rede social, isto é, entre as 22:00 horas do dia 04/07/2015 e 06:00 horas do dia 05/07/2015?

3- Por que da utilização do referido veículo no horário acima mencionado.

4- Outras informações que julgar necessário para esclarecimento do fato.

Por si só as perguntas deixam evidente que não há objetivo de uma investigação profunda, e considerando-se que Beto endossava a candidatura do traído Marcos Coca para substituí-lo na presidência da casa, cheira muito mais a solidariedade dos náufragos que outra coisa.

A resposta, como não poderia deixar de ser, é muito mais uma defesa do que verdadeiramente uma resposta técnica objetivando a esclarecer os fatos.

Não há indícios de quem estava dirigindo o carro, sinalização de quando foi criado e serviço, quem é o dono da pousada, por que não chamaram a policia ou se existe um auto de infração, se gerou multa, estas coisas comuns e tão necessárias no serviço público.

Uma coisa no entanto houve na resposta, algo que nem foi perguntado, um ultra petita, algo que vai além do pedido.

No último item da resposta está algo que não foi mencionado nas perguntas e que não era alvo de debate e passou a ser.

Pode o leitor e o interessado na defesa alegar que constava do último item: 4- Outras informações que julgar necessário para esclarecimento do fato.

Vejamos o que vai além do pedido: 4- Para maiores esclarecimentos gostaria de informar a Vossa Senhoria que este Secretário de fato estava no evento, porém utilizando o veículo particular de marca Mercedes Bens, de modelo B200, da cor prata, o que pode ser constatado pelos realizadores do evento e por diversas pessoas que permaneciam no local.

Não havia razão para a explicação, até por que ela mais confunde que explica e deixa a sensação de o Secretário Beto Puttini está dizendo – Olha não fui eu, eu estava lá mais não tenho nada com isto.

Ou: – Não pensem que o Rodrigo é um boi de piranha que está sendo jogado no rio para que a minha boiada atravesse a corredeira impune.

Infelizmente as pessoas pensam e às vezes pensam a mais até do que foram os fatos, e neste caso super nebuloso onde as informações parece não baterem, parece não coincidirem, ai o pensamento voa para terrenos que não tiram o nome de Beto Puttini do terreno dos acontecimentos.

E não havendo clareza, como quase nunca há no mundo político, goste ou não, queira ou não queira, seu nome, o desgaste provocado pela ação até agora sem uma explicação que no mínimo confiável, que não seja absurda ou surreal a tendência é cada vez menos acreditar nas justificativas desta Secretaria de turismo que neste caso está promovendo em demasia a viagem na maionese para pessoas que deixaram surfar nas ondas da inverdade faz muito tempo.

Razão mais que suficiente para se concluir que este pacote turístico não será sucesso nestas férias.