24 de abril | 2016

Polícia investiga morte de bebê após parto na Santa Casa

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A Polícia Civil está investigando a morte de um bebê do sexo feminino logo após o parto na Santa Casa de Olímpia, ocorrida na tarde de segunda-feira, dia 18, por volta das 14 horas, após uma médica do corpo médico ter esperado por aproximadamente 13 horas para decidir por uma cesárea.

A família registrou uma ocorrência na Delegacia de Polícia para que as causas da morte sejam apuradas.

Os pais, Gisele Cristina Silva Machado e o vigilante Denilson Reis Machado, 31 anos de idade, disseram que esperaram por pelo menos 13 horas por um parto normal e que só depois desse período é que a equipe médica optou pela cesárea, motivo pelo qual eles acreditam que tenha ocorrido a morte do bebê, uma menina.

O casal, que mora na Rua Antônio Cipriano Garcia, no distrito de Ribeiro dos Santos, região norte do município de Olímpia, contou que chegou no hospital já em trabalho de parto por volta das 23 horas do domingo, dia 17, mas a cesariana só foi feita no dia seguinte, por volta das 13 horas.

A polícia aguarda que a Santa Casa entregue o prontuário médico da paciente para instaurar um inquérito. Consta que ao retirarem o bebê do ventre da mãe ele não respirava e que foi feita uma tentativa de reanimação, que não surtiu efeito.

A mãe da criança, a dona de casa Gisele Cristina Silva Machado, diz que chegou na Santa Casa já em trabalho de parto e com dores por volta das 23 horas, mas a cesariana só foi feita no dia seguinte, aproximadamente às 13 horas. “Quando eram três horas da manhã, o coraçãozinho dela estava batendo. Foram muitas horas esperando e ela morreu”, diz.

O enxoval do bebê já estava pronto, assim como o berço montado. Mas a filha da dona de casa e do vigilante Denílson Reis Machado, no entanto, não foi para casa.

Denilson estava na sala de parto e viu todo o sofrimento da mulher e da criança. “Quando tirou o nenê ele já estava roxo e com o cordão enrolado no pescoço. A médica começou a gritar: ‘tira o pai daqui’ e me tiraram”, conta.

O bebê foi enterrado na tarde de segunda-feira (18) e a mãe não pode ir ao enterro porque ainda estava internada. Ela recebeu alta médica na terça-feira (19).

OUTRO LADO

A direção da Santa Casa informou no decorrer da semana que ainda não havia recebido a reclamação formal sobre a morte do bebê. O diretor clínico, Nilton Roberto Martines, disse que assim que isso for feito vai instaurar sindicância para apurar o que aconteceu.

A causa, segundo o médico que assinou o atestado de óbito, foi anoxia perinetal, que é a falta de oxigênio durante o nascimento. Os pais dizem que isso foi provocado pela demora no atendimento.

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