17 de maio | 2009

Planejamento não realizou estudos técnicos para implantar semáforos

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 A prefeitura não efetuou estudos técnicos para decidir os locais onde implantaria os dois primeiros sistemas de semáforos de Olímpia. Apenas fez verificações pessoais no local e consultou os delegados de polícia da cidade. Pelo menos isso é o que se depreende das informações passadas pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano Amaury Hernandes, durante entrevista que concedeu a esta Folha, na tarde da quinta-feira, dia 14.

“Foi conversado com os delegados da cidade, conversamos com a polícia e fomos checar em loco. Eu mesmo verifiquei a incidência lá na Bernardino de Campos com a Aurora e aqui na Waldemar. Então são locais que tem acontecido acidentes”, respondeu ao ser indagado sobre quais fatores determinaram a escolha.

Entretanto, pela sua resposta, Hernandes não tem em mão um estudo que indica o fluxo de veículos nesses locais, segundo ele, por causa dos momentos de pico. Por isso, o tempo entre a cor vermelha (parar), cor verde (passar), bem como o tempo da cor amarela (atenção), serão definidos conforme a demanda de tráfego dos locais.

O tempo de cada situação, de acordo com Hernandes, pode ser de 25 ou 30 segundos, até porque o sistema implantado permite que não tenha um tempo fixo durante todo o dia. Esse semáforo é dotado de um controlador de programação que permite variar os tempos, por exemplo, um determinado para o período da manhã diferente do desejado para o horário de almoço. O mesmo vale para os períodos da tarde e da noite. “Você pode programar quantos segundos ficará aberto ou quantos segundos ficará fechado”, acrescentou.

Sobre a escolha entre as esquinas da Aurora Forti Neves com a rua Bernardino de Campos e rua David de Oliveira, com a preferência recaindo para a primeira, Hernandes explica que trabalha com a expectativa de que a distância de 100 metros entre uma e outra, haverá maior segurança no caso da segunda.

Porém, não descarta implantar outro sistema no caso do cruzamento com a David de Oliveira. “Caso nós detectarmos com o passar dos tempos que esse local se tornou mais perigoso, vamos instalar também”, afirmou. Porém, reforça que os dois pontos na mesma avenida acabarão fazendo com que o trânsito fique mais seguro e “mais democrático”.

Waldemar e Desembargador com Mário Viera Marcondes

Sobre outro ponto bastante crítico, porém, que apresenta baixo número de acidentes, ou seja, o cruzamento da Waldemar Lopes Ferraz (onde inicia a Desembargador Manoel Arruda) com a Mário Vieira Marcondes, Hernandes avisa que nesse ponto a solução não passa pela implantação de semáforos.

“No local seria ideal a construção de uma rotatória e a previsão é para breve. Nós já estamos fazendo estudos para fazer uma rotatória com tachões, segregador e, futuramente, a rotatória com guias e sarjetas”, informou.Por outro lado, ao avaliar o sistema de trânsito de Olímpia, Hernandes afirmou que os motoristas são descuidados e não respeitam o próximo, um dos quesitos para ser um bom condutor, que é respeitar ciclistas, pedestres e motociclistas.

“As pessoas dirigem de maneira muito intimista só se preocupando com elas. É ela no trânsito e não tem mais ninguém ao lado, nem à frente e nem atrás e não é assim. O trânsito é dinâmico e além do carro que a pessoa está dirigindo, ao redor tem uma série de outros veículos ou pedestres ou ainda de circunstâncias que podem levar a ocorrência de um acidente”, definiu.

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