05 de abril | 2015

PF leva contador olimpiense para esclarecer possível fraude em fundação de Fernandópolis

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A Polícia Federal (PF) de Jales levou coercitivamente o contador olimpiense, Sebastião Araújo, morador do Jardim Cizoto, na zona leste, para tentar esclarecer uma eventual fraude que teria sido praticada pela direção da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF). Ele seria o intermediário nas negociações entre a FEF e uma usina açucareira do Estado de Alagoas, que teria vendido créditos educacionais de forma ilícita.

De acordo com o que foi publicado na imprensa local nesta quinta-feira, dia 2, Sebastião Araújo foi levado a uma delegacia da Polícia Federal no início da manhã da sexta-feira, dia 27, onde prestou esclarecimentos e foi liberado em seguida. Consta que está sendo apurado um desvio superior a R$ 10 milhões do caixa da instituição.

A investigação apura eventual desvio de recursos destinados a bolsa de estudos do programa ‘Escola da Família’ do Governo Estadual e do ‘FIES’ – do Governo Federal, que financiam os estudos de alunos de baixa renda em universidades particulares.

Por outro lado, a PF prendeu na mesma manhã, o ex-prefeito de Fernandópolis, Luiz Vilar de Siqueira, na casa dele em uma chácara da cidade, que é suspeito de envol­vimento nas fraudes na FEF.

O ex-prefeito não resistiu à prisão e foi levado para a delegacia da PF de Jales onde prestou depoimento. Os advogados do ex-prefeito de Fernandópolis (SP) e do ex-presidente da FEF não foram encontrados para falar sobre o assunto.

As investigações começaram após a denúncia de um ex-funcionário da fundação que procurou a Polícia Federal e revelou um esquema de desvio de dinheiro destinado para bolsas de estudos do programa ‘Escola da Família’ do Governo Estadual e do ‘FIES’ – do Governo Federal, que financiam os estudos de alunos de baixa renda em universidades particulares.

FRAUDES

Segundo as apurações, os alunos eram cadastrados no programa estadual sem terem conhecimento e o dinheiro ficava para os envolvidos nas irregularidades, entre eles, funcionários da FEF.

Em relação ao FIES, as fraudes estariam na devolução de dinheiro.

“Muitos alunos têm direito a receber uma restituição proveniente do valor que o MEC repassa a título de FIES. Conforme apuramos, chegam a R$ 110 mil esses valores que esses alunos teriam direito e alguns não têm conhecimento disso”, afirma o delegado da Polícia Federal de Jales, Cristiano de Pádua da Silva.

Em fevereiro, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na FEF, quando os policiais recolheram documentos e computadores e o presidente da fundação foi preso.

O ex-prefeito é suspeito de comandar o esquema e também é investigado por fazer saques irregulares das contas da instituição.

Na primeira etapa da operação policial também foram detidos uma assistente administrativa da universidade e um servidor da diretoria regional de ensino de Fernan­dópolis.

Ainda de acordo com a PF, o ex-prefeito Luiz Vilar também é suspeito de desviar R$ 10 milhões no período em que foi presidente da FEF, antes de ser prefeito.

Ele também teria pago R$ 3 milhões em dinheiro para a compra de créditos tributários, a uma usina no estado de Alagoas. As  investigações apontaram que os créditos não existiam, um funcionário desta usina foi preso.

Além de Olímpia, os policiais federais também cumpriram mandados de busca e apreensão em algumas cidades de Mato Grosso do Sul e do Paraná, que estariam envolvidas nas fraudes.

A Polícia Federal batizou essa segunda etapa do trabalho, de ‘Operação Vulpino’, a palavra se refere à raposa e significa traiçoeiro e desleal.

 

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