26 de março | 2011

PF apreende documentos em escritório no Shopping

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Cumprindo mandado de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, dentro da Operação Tamburutaca, agentes da Polícia Federal (PF), de são José do Rio Preto, apreenderam documentos em um escritório de contabilidade instalado no Boulevard Shopping, localizado na rua São João, região central de Olímpia. Mas consta que ninguém foi detido na cidade.


A operação, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, tem como objetivo desmantelar um esquema de pagamentos de propinas envolvendo o Ministério do Trabalho e Emprego e, neste escritório, apreendeu documentos de uma propriedade rural localizada no município de Votuporanga, que pertenceria a um empresário olimpiense, cujo nome não foi divulgado pela PF.


À imprensa, a PF justificou através de nota que, “em razão da expressa determinação judicial de preservação do sigilo das investigações, nenhuma informação relativa ao conteúdo dos trabalhos investigativos será divulgada”.


Mas a situação complicou para figurões de Rio Preto. Depois de um ano de investigação conjunta 17 pessoas foram presas, entre elas o delegado regional do Trabalho, Robério Caffagni, além de auditores fiscais, representantes sindicais e empresários, todos acusados de participação num megaesquema de corrupção.


Conforme apurou a operação Tamburutaca, nome de um crustáceo que vive no fundo do mar, o delegado e auditores fiscais cobrariam propinas de empresários e produtores rurais para livrá-los de multas por irregularidades trabalhistas.


Os presos serão indiciados pelos crimes de concussão (extorsão praticada por funcionário público), corrupção, prevaricação, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha, cada um de acordo com sua participação no crime.


Embora a PF não tenha divulgado os nomes dos acusados, o Diário da Região apurou  que, além de Caffagni, também foram presos três auditores fiscais: José Ernesto Galbiatti, Antônio Puga e José Eduardo Sandoval Nogueira, os dois últimos já aposentados -, e o auxiliar administrativo José Sandoval Nogueira Neto, filho de Sandoval Nogueira.


Em resumo distribuído aos defensores, a Polícia Federal informou ter apurado que auditores fiscais do trabalho recebiam vantagens indevidas de empresários e usineiros “para evitar fiscalizações trabalhistas ou promover rescisões contratuais de empregados sem o cumprimento das exigências legais”.


As investigações também levantaram que representantes sindicais da categoria dos trabalhadores intermediavam o esquema de propina entre os empresários e os auditores fiscais.

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