24 de setembro | 2023

Pai e filha classificaram no rádio como ato de politicagem nomeação de ex-vereadora

Compartilhe:

NA CIDADE!
Nomeação polêmica de ex-vereadora como assessora do prefeito gera debates sobre ética e politicagem.
Jornalistas discutiram os bastidores da nomeação e as implicações políticas envolvidas.

No programa “Cidade em Destaque” da rádio Cidade, transmitido na frequência 98,7 Mhz e também pelo Facebook e pelo YouTube, os âncoras Bruna e José Antônio Arantes abordaram, na terça-feira, 19, um tema que foi o principal comentário político nas redes sociais naquele dia: a nomeação controversa da ex-vereadora Alessandra Bueno para o cargo de assessora de gabinete do prefeito Fernando Cunha. A discussão, realizada no programa de terça-feira, 19 de setembro, levantou questões sobre ética, politicagem e as implicações políticas envolvidas.

O tema central dessa análise é a nomeação de Alessandra Bueno para o cargo de assessora de gabinete da prefeitura ocorrido em 18 de setembro de 2023 e gerou controvérsias e suscitou debates sobre a conduta ética na administração municipal.

Alessandra Bueno, que ganhou notoriedade por suas críticas públicas ao prefeito Fernando Cunha, foi cassada pelos vereadores que apoiavam o próprio prefeito, pelo que se comenta, por ordem dele. As razões utilizadas para se configurar a subjetiva falta de decoro parlamentar para a cassação foram as ofensas proferidas por Bueno contra uma advogada idosa após diversas discussões nas redes sociais. A nomeação da ex-vereadora para um cargo de confiança na administração municipal levantou questões sobre os motivos por trás dessa decisão.

PREFEITO MANDA NA CÂMARA?

Um dos âncoras do programa, em seu comentário, destacou a dificuldade de dissociar as decisões na Câmara Municipal do prefeito, uma vez que ele precisa manter a maioria no órgão legislativo para governar com estabilidade. “Não há possibilidade de dissociar isso”, enfatizou o âncora, sugerindo que o prefeito teve influência na cassação de Alessandra Bueno. Ele argumentou que embora a justiça possa intervir em questões de ilegalidade ou inconstitucionalidade, não podem decidir sobre o mérito destas, as cassações são decisões subjetivas dos vereadores que apoiam o prefeito.

Outro ponto levantado pelos âncoras foi a atuação de políticos locais que, coincidentemente, estão ligados à corrida eleitoral. Mencionaram Márcio Iquegami, que anunciou sua pré-candidatura à prefeitura e é ligado ao também pré-candidato Geninho. Além disso, Zé Kokão, que não se posicionou como pré-candidato, expressou sua intenção de chegar à prefeitura. A nomeação de Alessandra Bueno, segundo os âncoras, pode ser vista como uma estratégia para diminuir a influência desses políticos no cenário político local, beneficiando o candidato que o prefeito anunciou como seu sucessor, o desconhecido ex-funcionário da Ferrasa e nomeado secretário de obras Gilberto Tonelli Cunha.

CONTRATAÇÃO É IMORAL?

No entanto, a questão central que permeou a discussão foi a moralidade da nomeação de Alessandra Bueno. Um dos âncoras questionou se era ético o prefeito contratar a ex-vereadora que, presumivelmente, ele foi o mentor de sua cassação. Embora a nomeação seja legal, os âncoras enfatizaram a importância do princípio da moralidade na administração pública. “É imoral uma contratação dessa”, afirmaram, expressando suas opiniões sobre a contratação de Alessandra Bueno.

A discussão prosseguiu com a análise do princípio da moralidade na Constituição e a possibilidade de contestar a nomeação com base nesse princípio. Os âncoras reconheceram a subjetividade do tema, mas enfatizaram que moralidade da política está em jogo. Eles destacaram que a políticagem envolve aspectos subjetivos e recrimináveis, e a contratação de Alessandra Bueno pode ser vista como um exemplo disso.

OUVINTE DENUNCIA RETALIAÇÃO

Ao longo da conversa os âncoras também mencionaram casos de retaliação por parte da administração municipal, como a exoneração da irmã de uma pessoa após esta ter tido uma conversa política com um pré-candidato à prefeitura que faz oposição ao prefeito. Isso levantou a questão da liberdade de expressão e da possibilidade de retaliação no governo municipal.

Para encerrar a discussão, os âncoras reiteraram que o programa de rádio não toma partido, mas busca apresentar os diferentes lados da notícia e da política. Eles esclareceram que a amizade pessoal não interfere em seu papel como jornalistas e enfatizaram a importância da liberdade de imprensa e do jornalismo imparcial.

Em resumo, a nomeação de Alessandra Bueno como assessora de gabinete do prefeito Fernando Cunha gerou debates sobre ética, politicagem e moralidade na administração pública. Os âncoras do programa “Cidade em Destaque” analisaram os diversos aspectos dessa nomeação polêmica, destacando as implicações políticas e éticas envolvidas. A discussão enfatizou a importância do princípio da moralidade na administração pública e a subjetividade desse conceito, além de abordar casos de retaliação e a liberdade de imprensa no contexto local.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas