31 de março | 2019

Páginas no Facebook questionam números da dengue em Olímpia

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Com um registro oficial de aproximadamente 15 casos de dengue por dia e um total de 194 este ano, computados até quinta-feira, 28, a Saúde local es­tá tendo estes dados colocados em xeque em pelo menos duas páginas do Facebook na internet esta semana. Numa das páginas, denominada Sat O­lím­pia, uma postagem datada de quarta-feira, 27, obteve 76 comentários e 14 compartilhamentos (significando que outras manifestações podem ter sido registradas em outras páginas ou perfis).

Nesta página, é feito o seguinte questionamento: Dizem que tem 177 casos confirmados de Dengue em Olímpia? Conhece alguém que pegou recentemente? Em outro perfil assinado por Julia Monteiro, outros 33 comentários também expressavam que já haviam pego a doença ou tinham alguma conhecido ou membro da família com dengue. Calcula-se que nas postagens feitas somente nos dois perfis en­contrados no “Face”, pu­deram ser computados mais de 200 prováveis casos registrados pelos in­ter­nautas.

Já os dados divulgados pela prefeitura, que alega que trabalha com números reais e não com especulações, dão conta de que os casos de dengue de O­límpia até quinta-feira, 28, computavam 824 notificações, com 194 casos positivos, 182 negativos e 448 aguardando resultado. Na terça-feira, 26, eram 757 notificações, 165 positivos, 166 negativos e 426 aguardando. Portanto, um registro em dois dias de 67 notificações, 29 casos positivos, 16 negativos e 22 aguardando resultado.

ALERTA HEMORRÁGICO

Na página Sat Olímpia, Elaine Rodrigues, por e­xemplo, postou, “meu filho está com dengue, e a minha vizinha pequena também”. Já Silmara Cris­tofoli X Cyro Bachega escreveram: “Eu peguei a dengue em alerta (hemor­rágica) dia 24 de fevereiro e sarei no dia 7 de março. Fiquei internada 1 dia no upa e 4 dias internada em Barretos. Fiquei com 14 dias de dengue”.

Na maioria dos casos, as pessoas registravam duas ou mais pessoas que conheciam que haviam pego a doença. Como os casos de Tamires Luana Estaca: “Minha sogra e meu avô tiveram. E Francielli Zacha­rias: “Namorado e primo pegaram no final de semana passado.”

Mas teve quem regis­tras­se maior número de casos, como Joice Mattos: “Do lado do meu serviço tem uma família de três pessoas com dengue. Mais para baixo, uma criança e uma amiga”.

POPULAÇÃO TEM QUE EVITAR CRIADOUROS

Também teve quem ressaltasse a falta de cuidado da própria população no combate ao mosquito que é o transmissor da dengue, como Alcione X Bira: “A população que cria estes mosquitos em casa… precisa pagar multa altís­sima para aprender a deixar seu quintal limpo. A prefeitura também tem que fazer sua parte”.

Gisely Busoni, registrou um caso grave: “Conheço varias pessoas… Minha Madrasta pegou dengue semana passada, ficou na UTI. Quase morreu”. Já Marcilene Cristina também registrou o seu caso: “Minha filha foi ontem no upa com o corpo todo vermelho, fez exames e foi confirmado dengue. Ela só tem 8 anos.”

Gislaine Souza postou: “Ontem tava lotado a U­PA. Todos com os mesmos sintomas que eu, e eu já confirmou nos exames”. Já Marcia Mendonça declarou: “Nessa nova gestão não houve trabalho intenso contra a dengue. Antes era direto as equipes visitando casas no centro, nos bairros, não vejo acontecer nada de pulverização na cidade. Precisamos de mais atenção para que não vire epidemia com ocorre em varias outras cidades”.

Maria Fernanda Volpe postou: “A sobrinha do meu marido pegou (8 anos), meu irmão Guilherme e a Denise, mulher do meu pai. Todas as faixas etárias. Tá preocupante mesmo. Já Luciana Scalon Menino afirmou: “Tem dengue pra todo mundo, escorpião pra todo lado… senhor que cidade é essa”.

SOBRE A DENGUE

Segundo o site (https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-a-dengue/) trata-se de uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pelo mos­quito Aedes aegypti. Ela não tem tratamento específico, causa sintomas como febre alta e dores no corpo e pode até matar. Sua incidência aumenta no verão, em dias quentes e úmidos.

O vírus que provoca essa doença pertence ao grupo dos arbovírus, que são pas­sados por picadas de insetos, principalmente mosquitos. Existem quatro tipos de vírus da dengue.

“Portanto, é possível ser infectado até quatro vezes”, explica a infec­tolo­gista Melissa Barreto Falcão, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). “Após a infecção, o corpo fica permanentemente imune contra o sorotipo que o atacou”, completa.

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