09 de maio | 2016

Olímpia já pode ter registrado vários casos de gripe suína

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A Secretaria Municipal de Saúde de Olímpia já pode ter registrado vários casos de gripe Influenza A, denominada cientificamente por H1N1, mas conhecida popularmente por gripe suína. Pelo menos é a essa conclusão que se pode chegar a partir de uma divulgação no início da tarde da quinta-feira desta semana, dia 5, pela diretora de Vigilância em Saúde, Eloá Cristina de Souza Azevedo (foto – site da prefeitura).

Durante entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade, diferentemente da informação da secretária de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, de que seriam dois casos da doença, Eloá de Souza informou que são três os casos confirmados.

“Continuamos com os mesmos dados. Tivemos notificações de três casos que foram feitas coletas de material para exame e os outros nós estamos aguardando”, respondeu a diretora ao ser questionada qual a situação real a doença na cidade. No entanto, não lhe foi questionado quantos seriam os casos suspeitos.

Se já existem novos casos suspeitos e, diante da informação de que a Saúde local só realiza exames em pacientes que estão internados na Santa Casa (o restante, se quiser saber tem que pagar para fazer o exame), tudo leva a crer que podem ser inúmeros os casos suspeitos na cidade.

Como se recorda, na semana passada ao se manifestar a respeito da situação local em relação a gripe su­ína, de certa maneira, a secretária acabou por confirmar que há um descontrole sobre o que está ocorrendo com essa doença em Olím­pia.

Isso porque, do dia 23 de março para cá, segundo ela, o número de casos confirmados teria reduzido de três para dois. Segundo a secretária afirmou no dia 28, apenas do­is casos da gripe teriam sido confirmados neste ano.

“A situação de Olímpia não é de surto ou epidemia. Nós tivemos os dois casos confirmados no município, mas nós não temos mais nenhum caso suspeito no momento, em relação a H1­N1”, disse a secretária durante entrevista que concedeu à mesma emissora de rádio da cidade.

No entanto, em outra entrevista que concedeu à mes­ma emissora no dia 23 de março, o total era maior e, segundo ela, seriam três casos de gripe suína regis­trados por Olímpia.

“Foram três casos de H1­N1. Dois aqui no município e um que ficou na cidade de São José do Rio Preto”, contou na ocasião, quando questionada se o caso confirmado no dia 21 se tratava do segundo caso, sendo considerada a informação oficial de até então apenas um caso.

Esse desencontro de número acaba por confirmar a informação publicada na edição do sábado, dia 23, de que a Secretaria de Saúde não tem informações precisas sobre o que estaria ocorrendo realmente em relação à gripe suína.
De acordo com informação passada por uma médica da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para o professor Marcos Zalém Gomes, que após ter deixado a Unidade em atendimento acabou tendo que voltar no dia seguinte, no início do mês, e lá passar várias horas aguardando atendimento, para depois ser avisado que se quisesse confirmar se seu caso era de gripe suína teria que fazer exame em laboratório particular.

O jornal questionava na ocasião, com base nesta e em outras informações que chegam à redação, se a Saúde de Olímpia, teria um mínimo de noção do número de casos de gripe Influenza A, conhecida cientificamente por H1N1, mas também chamada popularmente por gripe suína, que foram registrados na cidade.

Nesta linha de pensamento, a confirmar informações de bastidores que chegaram até a redação deste jornal, a situação poderia ser tão grave que já poderiam ter ocorrido até mortes, em virtude da chamada gripe suína.

SEM EXAMES

É que a médica que atendeu o professor teria afirmado para ele (e está postado em sua página do facebook), com todas as letras, que ele estava realmente com suspeita de ter contraído o vírus H1N1, mas que se quisesse realmente saber qual era sua situação teria que procurar a rede particular para fazer o exame correspondente.

A Saúde local, segundo o que teria afirmado a médica para o professor, não estaria fazendo o exame por simples suspeitas ou diagnósticos médicos.

Nos postos de atendimento e na UPA somente seriam feitos o atendimento clínico, com o paciente sendo medicado com analgésicos e o remédio Tamiflu que seria utilizado nestes casos e mandado de volta para casa. Somente nos casos de internação é que os exames seriam realizados.

 

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