21 de dezembro | 2011
Olímpia é a 18.ª que mais demitiu no Brasil em novembro
Com o final da safra da cana-de-açúcar o município de Olímpia foi o que mais demitiu no Brasil, durante o mês de novembro. Com apenas 290 contratações no período e 1.227 demissões, restou o saldo negativo de 937 postos de trabalho formais. O resultado colocou a cidade na lista das 50 que mais demitiram no período.
Os números constam no levantamento divulgado na terça-feira, dia 20, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão vinculado ao Ministério do Emprego e Trabalho (MTE). Em toda a região de São José do Rio Preto houve a perda de 8.145 postos de trabalho com carteira assinada. Foram 15.050 contratações e 23.195 demissões de trabalhadores.
O resultado segue tendência observada no País, que registrou a criação de 42.735 vagas formais, uma queda de 69% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criados 138.247 empregos.
Segundo a informação divulgada no site da TV Tem, de São José do Rio Preto, com resultados piores que Olímpia ficaram: Petrolina (PE), -2847; Juazeiro (BA), -2.364; Rio das Pedras (SP), -1.923; Novo Horizonte (SP), -1.763; Franca (SP), -1.688; Pitangueiras (SP), -1.588; Barra Bonita (SP), -1.482; Santa Adélia (SP), -1.378; Piracicaba (SP), -1.335; Casa Nova (BA), -1.328; Porto Velho (RO), -1.303; Jaú (SP), -1.244; Guariba (SP), -1.171; Ibaté (SP), -1.130; Araucária (PR), -1.123; Ipatinga (MG), -1.089; Dois Córregos (SP), -1.048.
Petrolina, em Pernambuco, foi destaque de perda de vagas pelo segundo mês consecutivo, com corte de 2.847 vagas formais, seguindo uma perda de 4,7 mil em outubro. A segunda cidade que mais demitiu no mês, Juazeiro, na Bahia, perdeu 2,3 mil vagas.
O Estado de São Paulo foi destaque em perda de vagas no mês. Dos 50 municípios que mais perderam postos de trabalho em novembro, 36 são paulistas. O resultado é o pior para um mês de novembro desde 2008, quando foram fechados aproximadamente 41 mil empregos com carteira assinada.
Já de acordo com matéria divulgada pelo jornal Diário da Região, o desempenho do mês passado foi influenciado pelo desempenho negativo de 25 municípios da região. Desse total, as piores perdas foram observadas em Novo Horizonte, Santa Adélia, Olímpia e Monte Aprazível.
A economia das quatro cidades é pautada principalmente pela produção de cana-de-açúcar. Com o processo de mecanização do corte de cana crua, a tendência é que essa situação, habitual quando a safra termina se torne irreversível.
Em Novo Horizonte, o Caged acusou o fechamento de 1.763 empregos formais. Desse total, 1.294 são relativos à agropecuária, 238 do setor de serviços e 215 da indústria. A cidade ficou na penúltima colocação do ranking, entre 350 municípios paulistas.
Em Santa Adélia, o número de demissões da agropecuária (1.379) foi superior ao total de desligamentos, 1.378. A cidade também ficou mal colocada, na 345ª posição. Olímpia registrou o fechamento de 937 vagas, das quais 314 relativas à agropecuária. Com o resultado, a cidade ficou na 339ª posição no ranking.
Em Monte Aprazível, que registrou a perda de 795 postos de trabalho, a agropecuária contribuiu com o fechamento de 666, seguida pela indústria, que cortou 89 empregos. A cidade ficou na 334ª colocação no ranking paulista.
No acumulado do ano, os 32 municípios da região Noroeste paulista acumulam 38.014 vagas, resultado 66,3% superior ao de igual período anterior, quando o saldo estava acumulado em 22.850 empregos. Em 12 meses, o saldo totaliza 21.242 vagas, resultado 531% superior ao anterior, quando eram apenas 3.364.
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