DESCASO URBANO?
Enquanto algumas praças são revitalizadas, outras sofrem com negligência, afetando a vida dos moradores. Na praça da Santa Azul uma estrutura de imagem de dois metros está enferrujada correndo o risco de cair.

Olímpia, conhecida por suas atrações na sua parte turística, enfrenta uma realidade preocupante em seus espaços públicos principalmente na Olímpia mais pobre, onde reside a maioria da população. Uma reportagem da Folha da Região revelou condições de descaso e abandono em várias praças da cidade.

Apesar de algumas terem recebido manutenções básicas, como podas e limpeza, outras permanecem em estado lamentável, com infraestruturas danificadas e falta de cuidados essenciais.

Na praça do bairro Santa Ifigênia, também conhecida como praça da Santa Azul, a situação é particularmente grave. O local, que deveria ser um ponto de encontro e lazer para a comunidade, apresenta mato alto e calçamento danificado por enxurradas recentes.

ESTRUTURA VISIVELMENTE COMPROMETIDA

A estrutura que sustenta uma estátua de mais de 2 metros de altura está visivelmente comprometida, com rachaduras e ferragens expostas, representando um risco iminente de desabamento e possíveis acidentes graves.

Além destes problemas, a praça sofre com o acúmulo de lixo e uma iluminação deficiente, caracterizada por um sistema antigo e ineficaz.

Moradores locais, como o senhor Armido Estefanini, expressam sua insatisfação e preocupação com a situação. De acordo com ele, o descuido com a praça não é um problema recente, estendendo-se por meses, com manutenções esporádicas que se mostram insuficientes para resolver os problemas existentes.

FREQUENTADA POR PESSOAS
EM ATITUDES SUSPEITAS

Outro morador, Antônio Montanhani, lamenta o estado da praça, destacando a presença constante de turistas e crianças que frequentam o local, agora marcado por um cenário de abandono.

Maria de Lourdes Chiarato, residente nas proximidades de uma das praças afetadas, traz à tona questões adicionais de segurança. Ela relata que o local, além de estar em condições precárias de manutenção, é frequentado por pessoas em atitudes suspeitas, principalmente durante a noite.

A moradora também destaca o problema do acúmulo de lixo, que contribui para a proliferação de mosquitos e o aumento do risco de doenças como a dengue.

PRAÇA DA COHAB IV
TAMBÉM TEM SITUAÇÃO DEGRADANTE

Outro espaço público em condições degradantes é a praça localizada no acesso ao bairro da Cohab IV.

Situada no centro de uma rotatória, a praça enfrenta problemas sérios, como mato alto, palmeiras necessitando de poda, bancos quebrados, falta de iluminação adequada e sujeira generalizada.

O estado de abandono é tão evidente que até os elementos básicos de uma praça, como segurança e iluminação, estão comprometidos.

Valdecir Cassano, um morador das proximidades, reforça a gravidade da situação, mencionando que a falta de manutenção não é um problema recente. Ele destaca a ineficácia da iluminação existente, o perigo representado por uma caixa de eletricidade aberta e a presença de animais perigosos, como cobras, que colocam em risco especialmente as crianças que frequentam o local.

ACÚMULO DE LIXO NA
COHAB III PODE PROVOCAR DOENÇAS

A última praça visitada, próxima à antiga creche Pedrinho na Cohab III, apresenta um cenário semelhante de negligência. O espaço, que deveria servir como área de lazer e convivência para a comunidade, está tomado por mato alto, que avança inclusive sobre as calçadas.

O acúmulo de lixo é outro problema sério, aumentando o risco de proliferação de doenças como a dengue, especialmente preocupante na época das chuvas.

Moradores expressam frustração com promessas não cumpridas de reformas, especialmente em períodos eleitorais, quando políticos visitam o local, tiram fotos e fazem promessas de melhoria que até o momento não foram realizadas.

RISCO À SAÚDE PÚBLICA

Este cenário não apenas prejudica a estética urbana de Olímpia, mas também representa um risco à saúde pública e à segurança dos moradores e visitantes.

A situação de abandono dessas praças destaca a necessidade de ações urgentes e efetivas por parte das autoridades locais. É imprescindível que medidas sejam tomadas para garantir a manutenção e revitalização desses espaços, transformando-os novamente em locais seguros para a comunidade.

O descaso com esses espaços não apenas desvaloriza a região, mas também afeta negativamente a percepção da comunidade sobre a gestão urbana e a qualidade de vida na cidade.