20 de fevereiro | 2021

Ocupação de UTI fez Olímpia voltar para a fase vermelha do Plano São Paulo de novo

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DE VOLTA AO COMEÇO!
Se governo não reconsiderar, Olímpia terá que fechar tudo no começo desta semana. O deputado Geninho Zuliani tentou, em São Paulo, conseguir a ampliação dos leitos de UTI e a retirada do percentual da região dos pacientes de Araraquara internados no Hospital Nossa Senhora, em Barretos.

O governo estadual, em coletiva realizada a partir de 12h45 da sexta-feira, 19, anunciou que a região de Barretos, à qual se inclui Olímpia, voltou para a fase vermelha (onde somente os serviços essenciais funcionam e, principalmente, os parques fecham) em razão de ter apresentado um índice de ocupação de leitos de UTI de 82,2% (e o plano prevê que acima de 75% tem que voltar para a fase mais restritiva do Plano.

Nos outros índices, pelos dados atrasados apresentados pelo governo, a região permaneceria na fase laranja. Pois está verde em termos de leitos de UTI por 100 mil habitantes (são 52 em Barretos, 20 em Bebedouro e 10 em Olímpia); Amarelo em novos casos por 100 mil habitantes (321); e laranja em novas internações (79,3) e novos óbitos (12,7) ambos por 100 mil habitantes.

INTERNADOS DE OUTRAS REGIÕES PREJUDICARAM

O prefeito e o deputado Geninho, no começo da tarde entendiam que se fosse conseguido tirar do cálculo do percentual de ocupação de leitos de UTI, os pacientes de outras regiões que estão internados no hospital Nossa Senhora de Barretos (06 de Araraquara e mais dois ou três de outras regiões), já seria possível que o índice ficasse abaixo dos 75% necessários para reclassificar para a fase laranja.

Geninho, que estava em São Paulo na sexta-feira tentando resolver o problema, afirmou que se não conseguisse tirar os leitos ocupados por pacientes de outras regiões do índice iria tentar arrumar mais 05 leitos e com isso voltar para a fase laranja imediatamente. “Se tirar os pacientes de Araraquara ou colocar em funcionamento os novos leitos até segunda, nem muda de fase”, afirmou.

COMUNICADO OLÍMPIA | PLANO SÃO PAULO

A assessoria da Prefeitura de Olímpia, por sua vez, no começo da tarde expediu um primeiro comunicado sobre o assunto, informando que diante da reclassificação da regional de saúde de Barretos, a qual a cidade pertence, para Fase 1 (Vermelha) do Plano São Paulo, o município iria se reunir com os prefeitos da região para definir as novas diretrizes.

E explicava: “vale ressaltar que o retrocesso de fase se deu pelo alto índice de ocupação de leitos de UTI Covid, agravado ainda pelo fato de que os hospitais da regional receberam pacientes transferidos de Araraquara, cidade que está com 100% de ocupação de leitos”.

“A Administração Municipal acrescenta que mantém as tratativas com o Governo do Estado, juntamente com os demais prefeitos do consórcio Codevar, para que sejam ampliados os leitos UTI na região, a fim de possibilitar avanço de fase e, assim, a regional não ser ainda mais prejudicada economicamente pelas medidas restritivas”, continuava o comunicado.

NOVO DECRETO AGUARDARÁ RECONSIDERAÇÃO DE SÃO PAULO

E concluiu: “No mais, o município informa que um novo decreto deve ser publicado apenas na próxima semana e que, enquanto isso, permanecem mantidas as medidas já em vigor”.

Olímpia teve a regressão para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo de flexibilização da economia, junto com as demais cidades que compõem o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Barretos e estava na fase 2, a laranja. Na microrregião, além de Olímpia, a DRS abrange também Altair, Cajobi, Guaraci e Severínia.

ALTERAÇÕES NO PLANO SP

No início de janeiro, o governo fez alterações nas regras de funcionamento da fase laranja, e a tornou mais permissiva.

Dentre as flexibilizações, está a liberação para que bares operem nos horários dos restaurantes, caso sirvam comida para clientes que fiquem sentados.

Desde o início do ano, o governo paulista tem feito reclassificações semanais. No final de 2020, a gestão estadual chegou a colocar o estado na fase vermelha durante as festas de final de ano para tentar evitar aglomerações e, consequentemente, os riscos de contaminação.

O Plano São Paulo prevê o rebaixamento para fases com regras mais restritivas da quarentena em regiões que apresentam grande aumento semanal de novas internações, mortes, casos ou taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O governo também alterou o parâmetro de taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na fase vermelha, que passou de 80 para 75%.

O QUE FUNCONA NA FASE LARANJA

Esta fase sofreu alterações no dia 5 de janeiro e passou a ser mais permissiva. Todos os setores de comércio e serviços passaram a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido. No entanto, bares que servem comida (operam como restaurantes) podem funcionar.

Capacidade de ocupação: 40% em todos os setores.

Funcionamento máximo: 8 horas por dia.

Horário de fechamento: atendimento presencial das 6h às 20h.

Lojas de conveniência só podem vender bebida até 20h.

Parques podem abrir.

Atividades culturais como cinema e teatro podem funcionar.

Eventos que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidos.

FASE VERMELHA
– SEVIÇOS ESSENCIAIS QUE PODEM FUNCIONAR

Farmácias;

Mercados;

Padarias;

Açougues;

Postos de combustíveis;

Lavanderias;

Meios de transporte coletivo, como ônibus, trens e metrô;

Transportadoras, oficinas de veículos;

Atividades religiosas;

Hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria;

Bancos;

Pet shops.

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