26 de julho | 2010

Obra representa formação da sociedade olimpiense

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O monumento implantado na Praça Rui Barbosa, composto por três estátuas, inaugurado na manhã do dia 12 de julho de 2003, em homenagem ao centenário de Olímpia, representa a unificação dos povos que por aqui chegaram. Quer dizer, a construção da própria sociedade local.

A informação é do próprio artista plástico, autor do trabalho, Antônio Masini, que é italiano, que estava em Olímpia na ocasião a convite da Sociedade Dante Alighieri, que concedeu entrevista exclusiva a esta Folha da Região.

A idéia surgiu durante encontro que teve na Itália com o advogado olimpiense Antônio Luiz Pimenta Laraia. Ele não cobrou nada do município para a confecção do trabalho, e todo o material foi custeado pela Prefeitura Municipal.


“Pensei: Por que não fazemos uma obra de escultura? E lancei esta idéia, que foi aceita por Olímpia. A estátua foi elaborada e discutida com o advogado Antônio Luiz Pimenta Laraia, em colaboração com a municipalidade (administração do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro), chegando-se a conclusão que deveríamos fazer uma escultura pelo centenário da fundação da cidade”, disse o artista.


“Ao mesmo tempo pensei em uma espécie de renovação histórica do evento da fundação da cidade, pensei em um encontro épico no início do século em curso, nesta colina que conheci, e onde está Olímpia. Pensei em um encontro de vários personagens, possivelmente o encontro de várias etnias, de origem européia, asiática, africana indiana, local. Naturalmente que isto era só uma imagem hipotética de um fato histórico, que provavelmente aconteceu de forma diversa”, continuou.


O TRABALHO

“Comecei a desenhar, a estilizar, porque não podia estilizar a imagem, pois iria utilizar o ferro como material para produzir o trabalho e o ferro não permite detalhes. A silhueta é muito simples, estilizada, ou racionalizando o desenho. Estão presentes três figuras, duas que são unidas por uma grande faixa. Esta grande faixa que está em cima da obra representa a unidade da cidade”.

De acordo com ele, há uma personagem que tem a cor diferente das outras, que são vermelhas. Esta figura, de acordo com o autor, que se destaca na comunidade, ele a chama de rebelde.


“O homem que pensa, o artista, o criador, o inventor, o empreendedor, colorido de outra forma, com uma cor azul. Esta cor me veio por acaso, vendo uma fotografia de um personagem do vosso belíssimo Festival do Folclore, vi uma máscara de um índio Caiapó, que pinta a face de azul, um azul que impressionou bastante e que chamo de azul Caiapó. Ele (caiapó) está inserido nesta estrutura de valor épico, pois quando se funda uma cidade ou qualquer coisa, está fixado no tempo, ou inserido no nosso discurso, esta cor que lembra o índio”, completou.
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