05 de agosto | 2012

Obra da creche do Jardim Tropical completa 27 meses de atraso

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Embora esperada para funcionar no segundo semestre deste ano, uma obra de meio milhão de reais, que está completando 27 meses de atraso em relação ao que estava previsto, ainda não tem uma previsão para ser concluída pela administração do prefeito Eugênio José Zuliani. Neste caso, trata-se de uma creche que está sendo construída no Jardim Tropical II, para atender principalmente crianças da zona oeste de Olímpia.

A obra começou a ser construída com recurso financeiro oriundo do Governo Federal, mas precisamente do Ministério da Educação, que foi liberado há aproximadamente dois anos e três meses, pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A confirmação foi feita no início da tarde da quarta-feira desta semana, dia 01, pela própria secretária municipal de Educação, Eliana Antonia Duarte Bertoncello Monteiro, durante entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local. “Eu diria que estamos em fase de fechamento”, justificou.

Em janeiro, Eliana Bertoncelo Monteiro disse que embora esperasse que a creche ficasse pronta para o início do ano letivo, esperava que estivesse concluída pelo menos até meados deste ano. Na ocasião ela justificou:
“Mas a empresa diminuiu bem o número de funcionários (na obra)”.

Naquela ocasião, ela prometeu também que as crianças daquela região da cidade fariam uso de suas instalações já em agosto. “Era para o segundo semestre deste ano, mas ficou para o começo do ano que vem”, previu novamente a secretária. “Estamos em fase de fechamento”, observou. Faltam terminar as obras de construção do muro e instalação de portões, como contrapartida do município. A verba para a obra foi de R$ 600 mil, vinda do FNDE. “Havendo condições, limparemos a creche, faremos as matrículas e o diretor já vai para lá em outubro, mas só para o ano que vem”, acrescentou.

De acordo com a secretaria, a obra teve problema com a rede elétrica e com o escoamento de água pluvial. “Não está totalmente resolvido, mas dá para agir”, diz. Também segundo ela, parte desse atraso se deve à indefinição sobre quem pagaria o muro e os portões, ou seja, se a União ou o município.

“Chegou no momento em que a conversa se esgotou e demos início ao muro, que é parte da finalização para atender às crianças”, contou.

Mas, não foi possível abrir matrículas porque não se tinha como colocar o diretor. Os pais colocaram seus filhos em outras creches. A creche tem vagas para entre 60 a 70 crianças, se for regime de período integral. Caso se adote o regime de meio-período, então será atendido o dobro de crianças. “(Definir o período) Vai depender do número de matrículas que vamos receber”, finaliza.

Consta que o custo é de R$ 800 mil, mas vieram R$ 600 mil, segundo informou anteriormente o ex-secretario de Obras, Gilberto Tonelli Cunha. “A prefeitura terá que completar”, disse ele ainda em meados de 2011.

Cunha também admitia, naquela ocasião, que a creche deveria ficar pronta até o meio deste ano, o que não aconteceu.

DÉFICIT
Por outro lado, ainda segundo a secretária, aproximadamente 300 crianças pelo menos devem estar fora da rede municipal de ensino. Estariam faltando vaga para cerca de 75 crianças em cada uma das quatro regiões da cidade e ela acredita que isso não será resolvido tão cedo. “Não vamos esgotar a demanda”, avisa.

Mas é a zona leste da cidade onde há mais carência. “Os bairros onde há mais crianças fora da creche são o Cecap, o Campo Belo, o Santa Fé, o Luiza, e os demais naquela região, onde há pelo menos 75 crianças sem atendimento na Educação Infantil. Se multiplicarmos isso por quatro teremos a estimativa de quantas crianças estão fora da escola”, contou a secretária.

No entanto, segundo uma informação publicada pela imprensa regional em meados de março, creditada ao Ministério de Educação, o município de Olímpia estaria com um déficit de 436 vagas em sua rede de creches e pré-escolas.

Esse dado, que seria o total de vagas necessário para zerar o déficit no setor, inclusive coloca o município na sexta posição entre os que mais estão necessitando na região noroeste. A informação foi publicada no dia último dia 10 de março pelo jornal Bom Dia, de São José do Rio Preto.

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