03 de março | 2018

Niquinha aproveita tribuna para acusar colega de assédio

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Não que seja um fato novo na história do Poder Legislativo local, mesmo porque recentemente já houve um ataque forte contra um vereador que foi acusado de ter furtado um telefone celular, cujo final não foi divulgado até hoje. Desta feita, no entanto, trata-se de uma questão também séria. Isso porque, durante a sessão ordinária realizada pela Câmara Municipal na noite de segunda-feira, dia 26, o vereador Antônio Delomo­dar­me, vulgo Niquinha, usou a tribuna da casa para acusar o vereador Hélio Lisse Júnior de ter assediado sexualmente a secretária de seu gabinete.

“Queria andar com a minha secretária. Eu tenho três testemunhas e eu vou fazer um boletim de ocorrência contra essa pessoa. Inclusive, minha secretária quis dar na cara dele, ali na sala dele, e eu não deixei, por essas palavras que trouxeram para ela. Você tenha respeito e moral. Você não tem moral nenhuma”, afirmou quase aos gritos.

Em seguida teceu ataques à carreira de delegado que Hélio Lisse Júnior exerceu praticamente durante sua vida toda: “Seu Hélio Lisse. Delegadinho de beira de rio. Aqui você não está em uma delegacia não, rapaz. Aqui você está na câmara municipal. Aqui você é igual a eu. Você não é um delegado não, rapaz. Assediador de mulher na câmara. Inclusive, uma que você nomeou. Vem falar comigo? Não mexe com a minha língua. Eu já falei. Você não mexe comigo não”.

Em seguida, reafirmou que levaria o caso até a polícia: “Vai sair boletim de ocorrência de assédio contra você aqui na câmara, porque a minha secretária tem três testemunhas, tá? Seu bonzinho, seu moralista. Vai seu moralista. Você vai mexer comigo, seu moralista. Cínico. Delegadinho de beira de água. Delegadinho de beira de rio. Planura, Fronteira, nunca foi para uma grande cidade porque não teve competência. Agora, vem me chamar de indivíduo? Que é isso? Indivíduo é quem assedia”.

Depois Niquinha começou a fazer elogios a ele mesmo: “Eu tenho o maior respeito na casa. Nunca faltei com respeito com ninguém aqui. Ele faltou com respeito com minha secretária. Queria dar na cara dele, na sala dele, eu não deixei. Eu devia ter deixado ela dar na fuça dele porque ele merece muito mais que isso, apanhar de cinta, ele merece apanhar de cinta esse vereador. De cinta, de cinta batida, entendeu? Vereador que sai da sala e vai assediar a secretária dos outros. Nem eu fico na sala. Ele vai lá assediar. Você está nas minhas mãos, rapaz. Vou fazer um boletim de ocorrência contra você. Você vai ver. Você vai dançar catira sem batida de viola para você ter vergonha. Essa que é a verdade. Moralista do capeta”.

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