03 de junho | 2018

Niquinha agora ameaça bater em Hélio Lisse com uma cinta no circo da Aurora

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As cenas de baixaria que têm transformado a que deveria ser a casa do povo em um verdadeiro circo instalado na Av. Aurora Forti Neves, voltaram a acontecer durante a sessão da Câmara Municipal de Olímpia em sua sessão da segunda-feira, 28. Desta vez, o vereador Antonio Delomodarme, o Niqui­nha, ameaçou bater em seu desafeto, o vereador e ex-delegado Hélio Lisse Júnior com sua cinta.

O fato começou com Niquinha alegando que o vereador Lisse havia bebido a mais numa inauguração de um prédio na cidade e teria dito que ele era um “tranqueira” e aí despejou um monte de impropérios contra o colega, inclusive voltando a falar de que este teria cometido assédio sexual contra funcionária da Câmara.

Lisse, por sua vez, aparentando estar nervoso, reagiu explicando que na verdade teria se insurgido contra o ex-prefeito Geninho e seus seguidores, Pita e Durrula, que estariam fazendo terrorismo ao tentar, através de vereadores ligados ao seu grupo, mudar as regras do jogo (leis que regem a matéria) para conseguirem a cassação dele como vereador na Câmara.

Mesmo com outros vereadores ocupando a tribuna para as manifestações de direito, os dois vereadores continuaram batendo boca fora dos microfones, até que a sessão teve que ficar parada por quase meia hora, em razão de o vereador Niquinha ter ameaçado agredir o colega com a sua cinta. Ambos foram segurados por outros vereadores e assessores.

Desta vez, o vereador Salata, que embora tenha sido também desafeto de Niquinha (foto), que chegou a pedir uma CEI – Comissão Especial de Inquérito, para apurar o sumiço de um celular da Câmara que estava em seu poder, agora demonstra estar ao lado do polêmico vereador, principalmente após este ter conseguido arquivar o processo contra ele.

Da tribuna da Câmara Salata também lançou farpas contra Lisse, inclusive repetindo algumas acusações feitas pelo próprio Niquinha.

Agora com apoio de L. Salata Niquinha volta a acusar Lisse

Com claro apoio do vereador Luiz Antônio Moreira Salata, de quem era desafeto até poucos dias atrás, o vereador Antônio Delomodarme, Niquinha, voltou a fazer acusações contra o vereador Hélio Lisse Júnior (foto), afirmando que este continuaria fazendo baixarias em qualquer lugar por onde passaria. Neste caso, acusou seu desafeto de estar embriagado na inauguração de um resort em Olímpia, no final da semana passado.

Porém, de início, Niqui­nha, que é vice-presidente, mandou que o presidente Luiz Gustavo Pimenta, calar a boca do vereador Flávio Augusto Olmos, por causa de uma discussão sobre aumentar o tempo de fala na tribuna.

Nesse caso, Flávio Olmos se colocou contrário (ao aumento de tempo de manifestação na tribuna) porque entende que legislativo local está sendo comparado a um circo pelas ruas da cidade.

Em seguida, Niquinha iniciou a farra do microfone: “Eu como vereador sempre me prezei pelo bom relacionamento entre os vereadores. Mas infelizmente tem um vereador nessa casa, chamado Hélio Lisse, que ainda continua fazendo baixaria por onde passa

… Eu quero dizer para o senhor Hélio Lisse que eu sou muito homem e assumo tudo que eu falo, que ele trabalha de uma maneira baixa, grotesca. Você encheu a cara de cachaça na inauguração do prédio (resort), seu cachaceiro e você falou que eu sou tranqueira para uma pessoa, rapaz. Tranqueira é a pessoa que assedia mulher aqui na câmara municipal. Tranquei­ra é quem fica ameaçando funcionário aqui na câmara, viu seu tranqueira. Seu delega­dinho baixo, de quinta categoria. Você é de quinta categoria. Tran­queira é você que assedia, assediou uma mulher aqui na … . Você vai pagar todos os pecados com esse assédio que você fez. Já dei entrada na delegacia, seu babacão, seu assediador barato. Toma vergonha na sua cara. Que exemplo você deu como delegado, onde você trabalhou, heim? Toma vergonha na sua cara que você não tem. Você vai apanhar de cinta um dia para você tomar vergonha nessa cara. Seu trouxa. Seu vagabundo. (…) pega eu depois da sessão, depois da sessão você me espera ali fora. Você jogou vereador contra o prefeito. Eu estou com o prefeito desde o começo. Eu não preciso mudar de lado não, como você. Sem corrupto político. Mercenário político”.

Lisse diz que Niquinha precisa de exame de sanidade mental

Em meio ao debate negativo iniciado mais uma vez pelo vereador Antônio Delomodarme, Niquinha, o também vereador Hélio Lisse Júnior afirmou que seu desafeto político estaria necessitando de passar por um exame de sanidade mental, para que fosse aprovada a sua permanência na Câmara Municipal de Olímpia. “Esse cara é bipolar, tripolar, quapolar. Ele é doente mental”, exem­plificou Lisse durante o bate-boca registrado durante a sessão ordinária realizada na noite de segunda-feira desta semana, dia 28 de maio.

Depois de ter sido interrompido por Niquinha, Lisse continuou: “O senhor cala a boca que agora o tempo é meu. O senhor tem que ficar calado. Seria bom que fizesse um exame de sanidade mental. O senhor é o seguinte: o senhor ouve dizer o que não sabe e fala a besteira que o senhor quer. O senhor não sabe de um mínimo da história que aconteceu lá (resort). A história é que o Geninho, o Pita (Polisello) e o Durrula, entraram em discussão comigo porque eu estava cobrando o terrorismo e a conspiração que estão querendo fazer comigo para me cassar. É isso que eu estava cobrando e bêbado é o senhor. O senhor é bêbado sem beber. Agora o senhor está falando que eu pratico a política que o senhor sempre fez. O senhor compra voto, o senhor dá celular. O senhor nunca fez um balan­cete plausível da associação que o senhor representa. O senhor nunca fez um balancete plausível do Olímpia FC que recebe dinheiro do município. O senhor tem duas aposentadorias e teria que ter renunciado o valor dos proventos de vereador”.

“A sua filha, o senhor fala que não é tesoureira, mas eu tenho prova que ela assina pela associação dando recibo. E a sua família inteira trabalha na prefeitura. Tem um caminhão de galhos com seus três irmãos. O senhor é um político nojento e eu não tenho medo da sua língua. Agora o senhor vai ter que me aguentar porque eu vou tomar todas as medidas judiciais cabíveis contra o senhor. Vou fazer as representações necessárias junto ao Ministério Público. O senhor é um mal para essa cidade. O senhor precisa ser excluído. O senhor está acabando com a moral dessa câmara. O senhor está emporcalhando todos os bons vereadores dessa casa. O senhor fala asneira, fala besteira e o senhor fala o que o senhor nem sabe e o senhor é um terrorista político. E muito mais do que isso: o senhor é um conspirador. O senhor quer levar a cabo a mudança do regimento de 7 para 5 porque o senhor acha que vai me cassar, só porque eu vou ser candidato a presidência dessa câmara e o senhor está me perseguindo. O senhor não aceita. O senhor é um perdedor antecipado. O senhor não tem proposta para a população. O senhor é um vereador escan­dalizante. O senhor é fora de cogitação. Eu não vou me rebaixar ao seu nível porque o senhor é um ignorante e se a gente se rebaixa à ignorância a gente se nivela. Nunca na minha vida eu quero me nivelar com um político igual ao senhor. Eu tenho objetivos e o senhor não, o senhor é um asno falante”.

Depois de acordo com Niquinha Salata pede cassação de Lisse

Depois de um acordo com o vereador Antônio Delomodarme, Niquinha, que resultou no arquivamento da CEI (Comissão Especial de Investigação), que apuraria um eventual sumiço de um telefone celular, na qual Hélio Lisse Júnior estava indicado como relator, o vereador Luiz Antônio Moreira Salata (foto) se juntou ao seu ex-acusador e, nas entrelinhas, pelo menos, chegou a pedir a cassação de Lisse Júnior, durante manifestação que fez na sessão ordinária realizada na noite de segunda-feira desta semana, dia 28.

“Solicito cinco minutos porque vou fazer um desagravo nesta tribuna e assumo tudo que vou relatar. Diz o ditado popular e o folclore político que o uso do cachimbo deixa a boca torta. Que queria dizer a todos que durante oito meses aqui me calei sobre a comissão especial de inquérito. Mas com a manifestação na última sessão do vereador Hélio Lisse, suposto relator desta comissão especial e detrator da moral alheia, me atingiu no último dia 16 de maio, através de uma fofoca ao seu marqueteiro e comuni­cador (entrevista rádio Cidade), em que disse que a CEI estava eivada de improbidade, peculato e desvio de recursos públicos”, iniciou.

“Então, é um vereador que hoje tem vários discursos deslumbrado com a vida política. O uso do cachimbo deixa a boca torta. O cachimbo é a prática. A boca é a estrutura. Eu não conheço a vida pregressa quando foi da polícia civil, mas evidentemente que é deplorável a sua conduta nessa casa. Em vários discursos dizendo aos quatro cantos desta casa coisa diferentes. Então, eu em 30 anos de vida pública, jamais vi um vereador com tantas diferenças e, portanto, eu queria dizer a vocês que nós não podemos conviver com isso nesta casa. É uma falta de decoro constante”.

“Ele (Lisse) desde o começo plantou dificuldades para vender facilidades. São sérias as denúncias. É um homem preocupado com seu bem-estar. É um dissimulado porque tem vários discursos procurando sobressair na vida pública atacando as pessoas de bem. Prática de assédio é, segundo consta, um assediador”.

“Quando aqui houve a intenção da mesa em alterar o código de ética ele se sentiu ameaçado e correu de joelhos na praça Rui Barbosa para pedir ajuda. As questões internas nessa casa nós temos que ter competência para resolve-las e ninguém pode interferir. Portanto, esse causador de cizânia, de divisão nunca vista nesta casa, (ele) deve ser portador de uma patologia muito grave. Ainda bem que não é contagiosa. Mentiras, intrigas, linguarudo, detratando a moral de quem tem família. Aqui atacou uma entidade que tem 55 anos e não vou aqui detalhar questões da sua família porque pouco me importa. Eu aqui discuto ideias e, portanto, queria que ele usasse o seu tempo de ociosidade, quando percorre os cafés dessa cidade falando mal das pessoas indo atrás de recursos e não tocando uma vida fácil política. Queria também registrar que nós estamos vivendo momentos difíceis, mas eu não posso deixar nessa noite, de desagravar porque aqui nessa casa aprendi a respeitar a todos e custe o que custar, esta casa não pode ficar inerte, silenciosa quanto ao comportamento prepotente, ditatorial e agora ameaçador.”.

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