A estrada vicinal que liga Olímpia a Tabapuã que, principalmente no período de alta temporada recebe muitos usuários, está em péssimas condições, com muitos buracos, alguns que estavam em puro barro e mostrando a pouca espessura da camada de asfalto aplicada no local quando foi realizada a última obra de recuperação total da estrada. Quer dizer, aparentemente foi uma obra feita para não durar muito.

Pelo menos é isso que mostra uma reportagem exibida na manhã do dia 27 de dezembro de 2016, uma terça-feira, pelo informativo Bom Dia Cidade, da TV Tem, afiliada da Re­de Globo de Televisão, de São José do Rio Preto.

As imagens realizadas pe­lo repórter fotográfico João Selare, com a narração de Fernando Dagua­no, mostram a precariedade que pode ser vista no trecho.

O motorista Dorival Antônio Cordeiro diz que é obrigado a usar a estrada para chegar até a propriedade rural e lamenta os pre­juízos. “A gente depende da estrada para poder ir à propriedade. O carro acaba com a suspensão, sem contar também o perigo (de acidente) que tem”, reforçou.

Aliás, o trabalho do repórter Juliano Abocater mostra ainda os prejuízos que a situação pode causar ao usuário da estrada, mesmo que não se envolva em um acidente. São rodas quebradas e calotas danificadas abandonadas ao longo da margem da estrada, que não possui acostamento.

Em trechos onde já foram realizadas operações tapa-buracos o asfalto ficou irregular e cheio de pequenas lombadas, o que, em alta velocidade pode fazer com que o motorista perca o controle da direção do veículo.

O gerente de qualidade de uma empresa de Guaraci, Willian Cesar Agostinho, que é obrigado a passar pelo trecho pelo menos quatro vezes por semana, diz que está até acostumado, mas que se preocupa com quem está usando a estrada pela primeira vez, principalmente.

“Nós que usamos habitualmente, seja quatro vezes por semana, seja diariamente, a gente sabe on­de estão os buracos e acaba reduzindo (velocidade), mas os motoristas que estão passando pela primeira vez acabam desviando (dos buracos) e invadindo a pista contrária ou reduzindo a velocidade e de repente com medo de sofrer um acidente, acaba sem querer ocasionando um acidente de outra pessoa”, comentou.

OUTRO LADO

O problema atinge tanto a estrada vicinal Natal Breda, trecho entre Olím­pia e o rio Turvo, que é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Olím­pia, e o trecho que vai do rio até Tabapuã, que é de responsabilidade daquele município. De acordo com a informação da emissora de televisão, procurada pela reportagem, a Prefeitura Municipal de Olímpia informou que havia realizado u­ma operação tapa-buraco na semana que antecedeu o Dia de Natal.

Já em relação à responsabilidade da Prefeitura Municipal de Tabapuã, a emissora informa que havia encaminhado ofício ao órgão e que não havia resposta.

Caminhoneiros fogem do 2.º

pedágio mais caro da SP-310

O tráfego de caminhões pesados é sempre muito grande nas estradas vici­nais Natal Breda e Fran­klin Ricardo de Toledo, complicando ainda mais a pavimentação dessa estrada. Mas isso tem uma explicação. O custo do pedágio na rodovia Washington Luiz, SP-310, na praça do município de Catiguá, é R$ 14,60 por cada eixo desse tipo de veículo.

Por isso, os motoristas desses veículos de grande porte a usam inclusive para evitar o pagamento do valor do pedágio e economizar um bom valor. Nessa praça de pedágio o valor para esses tipos de veículos varia de R$ 29,20 a até R$ 131,40, dependendo o total de eixos.

De acordo com uma informação da Agência de Transporte Terrestre (Artesp), o pedágio mais caro da SP-310 é em Ara­ra­quara, segundo uma informação publicada pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, no dia 28 de dezembro de 2016.

Por outro lado, uma carreta com seis eixos, que são muito comuns de serem vistas transitando pela Natal Breda, inclusive pelas ruas centrais de Olímpia, se não fugir da praça de pedágio de Catiguá vai pagar o valor de R$ 87,60.

Estadualizar a vicinal Natal Breda depende de Olímpia e de Tabapuã

De acordo com a informação da diretora do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) 14, de Barretos, Heliane Rodri­gues Borges, que esteve em Olímpia no dia 15 de julho de 2016, a esta­dua­lização das estradas vicinais Natal Breda e Franklin Ricardo de To­le­do, ou seja, a transformação delas em uma rodovia SP, estava na dependência de ações dos prefeitos de Olímpia e Taba­puã, Eugênio José Zuliani e Jamil Seron, respectivamente.

Como se recorda, a diretora esteve na cidade para a inauguração das me­lhorias da rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, acompanhando o governador Geraldo Alckmin.

“Os prefeitos de Olímpia e de Tabapuã, os dois têm que solicitar porque um trecho é de uma cidade e outro é de outra. Não pode ser só o (trecho) de Olímpia. Está sendo feito em conjunto. Eles solicitaram para a gente e já mandamos para cá as questões que eles têm que responder e nós estamos aguardando para poder montar o processo que ai vai ter que passar (ser aprovado) pela Assembleia porque é um bem municipal para passar para o Estado”, disse durante entrevista que concedeu à imprensa local.

Na ocasião, também de acordo com ela, ainda faltavam informações solicitadas pelo DER e estava dependendo das respostas dos dois prefeitos. “Enquanto eles não passarem todas as informações que nós solicitamos não tem jeito nem de dar segmento ao processo”, explicou.

A estrada vicinal Natal Breda vai de Olímpia até a ponte sobre o rio Turvo e está sob a jurisdição do DER 14, de Barretos. Já a estrada vicinal Franklin Ricardo de Toledo, que vai da ponte até Tabapuã, está sob a jurisdição do DER9, de São José do Rio Preto.